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Os Diários de Nick Twisp

Nick Twisp é um adolescente normal, quer dizer, normal dentro do limite do possível, Nick é um garoto hétero como qualquer outro garoto hétero (e até alguns homossexuais que eu sei), e como todo menino que está no alto de seus treze anos, passa noventa por cento do seu tempo se masturbando, claro que os outros dez por cento são bem utilizados em coisas como, pensar em como seria se ele não fosse virgem, entender porque sua mãe namora um babaca, e folhear a última edição da Penthouse (uma revista pornográfica), mas sua vida muda ao conhecer Sheeni, uma garota linda, e que ao menos parece ter a mesma capacidade mental que Nick.

Todo mundo já teve, está tendo, ou terá a época na qual sua libido está alta. Nick Twisp passa por isso no intervalo do livro, narrado em primeira pessoa pelo protagonista, e recheado de estereótipos hilários. O personagem principal do livro é Nick, garoto de treze anos que mora com a mãe e periodicamente com o padrasto Jerry, que é caminhoneiro, e bem, um malandro, que se envolve nos piores muquitrifos do mundo. O pai de Nick é um solteirão de quarenta anos, que todo dia aparece com uma periguete diferente, digamos que o papai Twisp não é o melhor exemplo de pai.

Então nesse cenário de estereótipos e sátiras, a trama se desenvolve, lentamente. Creiam quando eu digo que até metade do livro eu adorava a taradice de Twisp, e todo o seu jeito de nerd-eu-sou-melhor-que-você-vadia, mas a partir da metade, a escrita e tudo mais me passam a sensação de as piadas estarem sendo forçadas, e embora eu seja fã de livros de comédia (A Morte de Bunny Munro tá aí pra provar), Nick Twisp não me apeteceu.

O livro é um volume único de uma série que é famosa entre meninos estadunidenses, e é composto por três diários, cada um contando um estágio diferente do primeiro amor de Nick, e eu tenho certeza de que o escritor estava sob o efeito de drogas loucas quando redigiu, porque nossa, são tantas loucuras, que até o fim, não entendi porque fiquei entediado, talvez pela narrativa, talvez pelas piadas extremamente sem graça, talvez porque eu sou muito chato, mas enfim.

Os Diários de Nick Twisp é um livro hilário até certo ponto, bem perto do quando sofre um declínio de qualidade, mas a parte que me agradou, me agradou o bastante para que pudesse recomendar à amigos.

Luciana
Jornalista e editora, mestre em rádio e televisão.

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