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O Beco Indica #3

Toda semana, dez indicações de links para enriquecer sua timeline

Passamos a semana caçando o melhor dos links em música, artes, literatura e cinema para você começar a semana muito bem obrigado. Pega o Beco com a gente.

#1

Faz um tempo que descobri a existência desta voz maravilhosa chamada Liniker e seus Caramelows. O cantor e paulista e sua banda realizam um projeto que mistura Soul e Black Music à sonoridade do português do BR. Apesar da pouca idade, Liniker consegue trazer maturidade à suas composições. Muitas vezes me confundo, achando que coloquei Amy para tocar. A suavidade e alegria ao ouvir suas músicas me lembram muito a cantora britânica, apesar dos estilos serem diferentes. Se você ainda não descobriu, clique e descubra por si mesmo.

#2

Vou te confundir um pouco mais e falar de outro músico que tem um nome parecido: Lineker. Separados por uma vogal, o mineiro surgiu no cenário musical nacional mais ou menos na mesma época que seu colega paulista. Vou recortar um trecho da BIO do bailarino, cantor e performer que está em seu site para tentar explicar o que senti ao esbarrar com ele no youtube: “Sua arte não se define por um segmento artístico específico ou recortado. Sua performance me lembra muito Tom Yorke, com uma pitada de Ney Matogrosso”. Não fui longe na analogia, Lineker conversa com a minha comunidade (os Queers) e muito mais gostos e gentes por aí.

#3

Seguindo o esquema musical, vamos nos encontrar com Doralyce. Sabe aquelas páginas que seus amigos curtem e de repente surge na sua linha do tempo? Então, foi assim que conheci esse sotaque forte e emponderado. Doralyce Gonzaga expõe nosso corpo, mas não simplesmente o explorando e sim o exaltando. Não basta ser mulher, tem que tá dentro do padrão. Como sua letra diz, a pernambucana se propõe a romper barreiras, levando nossas vozes contra a gordofobia e o racismo. Vamos rebolar?

#4

E por falar em romper barreiras, esta semana estreou mundialmente o tão esperado filme da Mulher Maravilha, dentro do Universo Estendido da DC no cinema. Quem já viu está empolvorosa com a caracterização da personagem e, principalmente, como uma trama datada da primeira metade do século passado alcança nossa atualidade sem prejudicar sua temporalidade. O filme nem sequer pode ser chamado de panfletário, mas sim de estímulo às novas produções para se pensar na força que as personagens femininas podem exercer com protagonismo, levando a discussão do debate de gênero para além da sala de cinema. Uma das barreiras quebradas foi o sucesso da estreia, com bilheteria de US$ 223 milhões, um marco para um filme dirigido por uma mulher, Patty Jenkins.

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#5

Sou muito fã da Titi Muller. A gaúcha protagonizou recentemente um treding topics no twitter quando apresentava o Lollapalooza, apontando o machismo de DJs, cantores e, também, de alguns ~comediantes~ por aí. Ela é a entrevistada da semana na TripFM, que aborda a carreira na TV, no mundo da moda e, claro, ativismo no feminismo, comunidade LGBTQ e sua incansável defesa pela quebra de paradigmas.

#6

Outra reportagem da TRIP que circulou essa semana também contextualiza o lugar de fala do feminismo na nossa sociedade, partindo do ponto onde elas são esquecidas. Da literatura, artes e pensamento científicos, As Garotas que Fizeram História, mas Ninguém Sabe nos conduz ao Wikimina, projeto realizado por uma agência de UX Design de Brasília, a Flama, que resgatou a história de 500 mulheres cujo o nome e sua representatividade no mundo foram apagadas.

#7

E por falar em UX Design, toda segunda a página uxdesign.cc gerida por Fabrício Teixeira e Caio Braga nos brinda com uma coluna de links para a comunidade sobre o mundo do design de experiência, que vai além da relação entre produto e cliente e agrega com relação a como nos vimos inseridos num mundo digital, que também se faz analógico. Siga o UX Bear e se atualize.

#8

Para os viciados em cartografia, em 2016 o jornal Nexo fez uma matéria interativa mostrando sete mapas antigos da cidade do Rio de Janeiro em contraponto com sua atual conjuntura no Google Maps. Esta semana eles noticiaram uma plataforma realizada pela Universidade de Rice no Texas com cinco séculos de mapas, pinturas e fotografias da cidade. É o ImagináRio (em inglês é ImagineRio), uma viagem gráfica que percorre os 500 anos da cidade.

#9

Essa semana rolou uns textos raivosos sobre como o Empreendedorismo de palco se tornou uma industria lucrativa, mas que não entrega nada. Um deles é de Ícaro de Carvalho, publicado no medium O Novo Mercado que aborda o lugar de fala que o palco traz em contraponto ao que se prega como estilo de vida. Se empreender é gerar novas possibilidades de negócio, o palco se tornou um púlpito religioso, onde pessoas pagam caro para ver alguém que não tem conhecimento sobre o assunto, desbravar palavras motivacionais que não direcionam o público a lugar algum. Nos últimos anos, as prateleiras nas livrarias sob o tema auto-ajuda vem crescendo com livros sobre cinco passos para o sucesso, mas será que o conteúdo entrega mesmo o que se propõe? Neste sentido uma entrevista da revista Exame trouxe o filósofo dinamarques, Svend Brinkmann, que é contra a industria do couching. Ele alega o mesmo apontado pelo texto de Ícaro: quanto mais se fala em dicas de sucesso, menos se entrega realmente o caminho das pedras aos empresários.

 

#10

E nessa brincadeira de “vender” algo que não existe, o NerdCast da última sexta levanta o Fakestarters, uma conversa entre os nerds, Azagal e Alexandre, com os convidados Portuguesa e Guga Mafra em um brainstorm de ideias disruptivas para empreendedores que não vendem a verdade.

 

YK Teles
Jornalista e aprendiz.
https://becodaspalavras.com/

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