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A Escola do Bem e do Mal – série

Precisamos falar sobre a série literária A Escola do Bem e do Mal. Aqui o melhor é não esquecer de tudo que você já leu ou ouviu dos contos de fadas. Você vai precisar disso. Aqui, nem tudo é 8 ou 80 e nem tudo é preto e branco ou bem e mal. E tudo é bem ou mal e a busca pelo equilíbrio.

Nesta série, o autor simplesmente tenta tirar todos os rótulos, radicalismos e paradigmas para que entendamos que sempre deve haver um equilíbrio. É um apelo a isso. Um apelo para que derrubemos preconceitos e tenhamos tolerância pelo bem-estar de todos não importa de que lado da história você esteja.

Traz também o entendimento de que a busca por você antes da busca pelo outro é essencial. Não adianta estar com outros sem antes ter estado com você. E que somos um pouco de tudo o que vivemos e não simplesmente o que está sendo imposto.

Dando um leve spoiler mas sem estragar o mais importante que é o caminho, me aproprio do comentário de uma amiga para fazer um breve resumo da seguinte forma:

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– O primeiro livro a escola está dividida entre Escola do Bem e Escola do Mal.

– No segundo, a divisão é Escola de Meninas e Escola de Meninos.

– Já o terceiro o Mal comanda e a escola é dividida em Escola do Novo Mal e Escola do Velho Mal.

– O quarto? Ainda não li… depois a gente conversa.

O plot?! Lá vai uma introdução… Sophie e Agatha são duas amigas que moram em Gavaldon, uma vila que há 200 anos sofre com o “sequestro” de duas crianças a cada 4 anos. Depois de um tempo conjecturando quem sequestrava as crianças os habitantes da vila percebem que elas apareciam nos livros de contos de fadas que eram vendidos na livraria local. Neste ano Sophie, uma menina linda, vaidosa, loura e sempre vestida de rosa, está louca para ser levada para o que eles, agora, já conheciam como Escola do Bem e do Mal. Ela jurava que pertencia ao Bem e até resolveu fazer uma boa ação tornando-se amiga da então solitária Agatha, uma menina sem vaidade, que só vestia preto e vivia numa casa no cemitério com a mãe e seu gato. Na noite do famoso sequestro, as meninas tinham tanta certeza que Sophie seria uma das garotas sequestradas que seu pai a trancou em casa (e ela conseguiu sair) e Agatha correu para não deixar que isso acontecesse e ela ficasse sozinha, de novo. Acabou que Agatha foi levada junto e ao chegar na escola ela foi jogada na Escola do bem junto a várias cópias da Sophie e esta foi jogada na Escola do Mal. A aventura das meninas realmente começa neste ponto, em que todos acham que houve um equívoco, um erro, uma troca. E é aqui que as aparências, os rótulos, os paradigmas e preconceitos começam a ser questionados e postos em prova. Que uma quer provar que pertence a outra Escola e a outra só quer voltar para casa. Que enfrentam seus medos e suas verdades.

Eu poderia passar mais tempo falando sobre outros tantos detalhes que me fascinaram nessa história, nos detalhes, no entrelaçamento, enfim, em tudo, mas prefiro fazer o convite à leitura, mesmo sendo literatura juvenil. Até para não correr o risco de dar algum spoiler.

A série é publicada pela Gutenberg, do Grupo Autêntica, e já tem três volumes publicados em português. O quarto, publicado lá fora ano passado, sai agora em 2018. Um adendo quanto às traduções e revisões, a cada volume elas vão deixando muito a desejar. Coisas bem grosseiras, principalmente de revisão. E só não fiz marcações porque a história estava tão boa que não quis parar para marcar. Quem sabe na releitura. Afinal esse é meu novo xodózinho literário.

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