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Sensitivos

Ultimamente tenho lido vários autores nacionais, até então desconhecidos para mim, e confesso que estou ficando encantado com suas obras, não que eu duvidasse da capacidade de “nossos” autores, mas me prendia as obras mais conhecidas, hoje percebo as oportunidades que perdi de conhecer, anteriormente, várias boas obras como ”Sensitivos”.

Nossa protagonista, Sara Salim, é uma parapsicóloga que em determinado momento de sua vida adoece, com poucas chances de recuperação, Sara começa a aplicar em si própria as técnicas que estudava havia mais de 20 anos. E obtém resultados satisfatórios, com a intenção de contar sua história e quem sabe ajudar outras pessoas, Sara cria um blog, onde conta sua experiência.

Como Sara mesmo diz, “coincidências não existem, tudo é sincronicidade” sendo assim, ela começa a encontrar pessoas com algum tipo de habilidade que precisam de ajuda para entender os fenômenos, até então, inexplicáveis que estão presenciando. E assim os Sensitivos se reúnem e criam o IPESPA, um instituto onde poderiam desenvolver e aprender sobre suas habilidades e ajudar em casos estranhos.

Os Sensitivos parecem estar ligados aos assassinatos inexplicáveis que começam a acontecer na cidade. Um serial killer que mata casais durante o jantar na frente de seus filhos. Tudo leva a crer que o assassino também tenha algumas habilidades especiais.

Um dos pontos fortes do livro é a forma com que a estória é contata, como se a Sara estivesse participando de uma entrevista, pra mim foi uma jogada de mestre e o principal motivo por me “prender” logo no inicio. É o segundo livro que vejo referencias a Paulo Coelho (o primeiro foi “Quarto Escuro“), e foi ótimo! Sou completamente viciado em Paulo Coelho, e tudo relacionado.

Um dos pontos fracos foi a ausência da trama principal (o caso do serial killer) em boa parte do livro. os outros casos foram interessantes, mas acho que o caso principal merecia um pouco mais de foco. Faltou dar um pouco mais de atenção aos personagens e suas histórias.

Porém, entretanto e todavia, é um ótimo livro, escrito de uma forma simples que te “prende” logo no inicio, e quando termina você certamente ficará com um gostinho de “quero mais”, e acredito que tem espaço para que o livro vire uma série (assim espero).

Por Coolture News

Luciana
Jornalista e editora, mestre em rádio e televisão.

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