Este ano foi o filme do momento. Com superprodução e indicações ao Oscar e vários outros prêmios (inclusive ganhando prêmios), a obra francesa Os Miseráveis rendeu muito falatório.
Escrita por Victor Hugo, o livro levou 30 anos para ser escrito. O autor passou todo o tempo fazendo pesquisas para o livro. O resultado foram 1280 páginas de romance, aventura e história (número de páginas da edição da editora Cosac Naify de 2009). O livro foi lançado em 03 de abril de 1862 e, ao contrário de muitas obras que só ficaram famosas depois, Os Miseráveis se tornou um Best-seller logo de cara.
Esta é uma obra única. Sua leitura é indispensável e, por esta razão, é tão copiada nas artes, sendo transformada em peças de teatro, filmes, musical e muitas adaptação para que as crianças possam ler logo cedo. Todo esse alvoroço em torno da obra não é só por ser um livro que fala dos que vivem na miséria (como o próprio nome menciona), mas porque fala de perdão, amor e caridade de forma poética e cheia de compaixão.
Uma pequena dose do que está no livro pode ser percebido em sua introdução:
Enquanto, por efeito de leis e costumes, houver proscrição social, forçando a existência, em plena civilização, de verdadeiros infernos, e desvirtuando, por humana fatalidade, um destino por natureza divino; enquanto os três problemas do século – a degradação do homem pelo proletariado, a prostituição da mulher pela fome, e a atrofia da criança pela ignorância – não forem resolvidos; enquanto houver lugares onde seja possível a asfixia social; em outras palavras, e de um ponto de vista mais amplo ainda, enquanto sobre a terra houver ignorância e miséria, livros como este não serão inúteis.
Victor Hugo, 1862
Não há motivos para delongar aqui. Convido a todos vocês a pegarem seus livros, filmes, cd’s e, porque não, ingressos de teatro, para participarem conosco do mês de Os Miseráveis.