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 A vida de Jean de La Fontaine 

Um dos mais renomados poetas da França, La Fontaine se destacou muito mais pelas suas fábulas “O Lobo e o Cordeiro” e “A Lebre e a Tartaruga”, entre outras.

 

Jean de La Fontaine, (08/07/1921) foi um fabulista e poeta francês. Nasceu em Chateau- Thierry, na região de Champagne, na França. Jean ingressou no Oratório de Reims no ano de 1641, mas de imediato percebeu que a vida na religião não era algo que lhe agradava. Depois de 18 meses no oratório, decidiu sair do convento.

Entre os anos de 1645 e 1647 cursou direito em Paris. Parecia algo essencial para um rapaz como Jean, mas ele também viu que o estudo das leis não era algo que lhe agradava. Nesse último ano, o seu pai resolveu que Jean deveria se casar. A sua noiva, Marie Héricart, tinha um dote de 20.000 libras e apenas quatorze anos.

Depois de 11 anos o seu pai falece e Jean de La Fontaine acaba herdando o seu emprego. Porém, ele tinha total certeza de que o trabalho não lhe agradava, e decidiu vender o cargo. Ele também abandonou a esposa e os filhos que teve com ela e partiu para Paris.

 

Carreira literária

Já na capital da França, Jean já tinha decidido trabalhar como escritor. Ele passou a frequentar os locais literários da cidade, onde acabou conhecendo poetas, dramaturgos e escritores importantes da cidade na época.

Ele conheceu Madame de Sévigné, Racine, Boileau, Moliére e Cornelle, além de outros importantes nomes da literatura daquele tempo.

Com alguns deles ele acabou tramando grande amizade, como foi com Racine, Moliére e Boileau. Já com quatro anos de moradia em Paris, ele escreveu o poema “Adônis” e a comédia “Clymène”. 

Ele só foi se tornar mais conhecido no ano de 1664, quando publicou os seus “contos”, que foram lançados em diversos volumes. O primeiro dele foi a “Novelas em Versos Extraídos de Boccacio e Ariosto”. 

Quando começou a se aproximar dos escritores, especialmente Voltaire e Molière, Jean de La Fontaine escreveu “Contos” e “Os Amores de Psique e Cupido”, uma análise bem maliciosa da psicologia das mulheres.

La Fontaine também escreveu comédias, contos e versos, mas foi com as suas fábulas que o escritor chegou a ser reconhecido e famoso. Na época, ele já estava com mais de 40 anos.

 

Fábulas

As suas primeiras fábulas foram dedicadas ao filho de Luís XIV, e com elas La Fontaine conseguiu do rei uma pensão por ano de mil francos. Além disso, conseguiu uma amizade com Fouquet, que era o superintendente das finanças do reino.

Quando Fouquet perdeu prestígio com o rei e acabou sendo preso, La Fontaine continuou fiel ao seu amigo e escreveu para Fouquet a sua primeira obra de verdadeiro valor poético “Elegias as Ninfas de Siena”

Quando outros textos dirigidos a Fouquet foram publicados, La Fontaine acabou despertando a antipatia do rei Luís XIV. Porém, o poeta não ficou sem proteção, pois duas mulheres da corte, as duquesas d’Orleans e Bouillon, o hospedaram em suas casas.

O primeiro volume de fábula do poeta “Fábulas Escolhidas Postas em Versos” foi para o público no ano 1668. A fábula era dedicada ao rei Luís XIV.

Escrito em verso foi o começo para as publicações de 12 livros que foram prolongados até o ano de 1694. Eles possuem algumas histórias que ficaram famosas em todo o mundo.

 

Suas fábulas mais conhecidas são:

  • O Leão e o Rato
  • A Lebre e a Tartaruga
  • O Lobo e o Cordeiro
  • O Corvo e a Raposa
  • A Cigarra e a Formiga

 

A sua obra é composta por histórias, nas quais os personagens principais costumam ser os animais, que vivem e se comportam como os seres humanos.

Observando o rei sempre cercado de uma corte onde a esperteza era condição essencial de sobrevivência e, sem poder mostrar essa gente na sua condição verdadeira, La Fontaine foi disfarçando sob a pele de animais das suas fábulas:

  • O rei é representado pelo leão, que é o dono de todo o poder e o alvo da bajulação,
  • A raposa representa o cortesão matreiro, que é o que vence através da sua astúcia,
  • O lobo representa o poderoso que alia a força bruta a sua habilidade
  • O asno, a ovelha e o cordeiro são os puros, que ainda não sabem a habilidade de enganar os outros.

 

A conclusão da sua obra segue uma linha amarga e melancólica: No final, é sempre o forte que ganha. É a astúcia e violência que dominam. E foi desta maneira que La Fontaine viu o seu tempo e a humanidade da época, lutando sempre pela vida.

 

Últimos anos

No ano de 1684, o escritor foi recebido como acadêmico na Academia Francesa, e viveu por pelo menos vinte anos na casa da Madame de La Sablière e, logo depois, na mansão da Madame D’Hervart.

Jean de La Fontaine morreu na capital da França, no dia 13 de abril de 1695. O seu corpo foi sepultado no cemitério Pere-Lachaise do lado do dramaturgo e seu amigo Moliére.

 

Luciana
Jornalista e editora, mestre em rádio e televisão.

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