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Phillis Wheatley

Phillis Wheatley foi à primeira poetisa africana a ser publicada. E sua história começa aos sete para oito anos, quando foi vendida como escrava para uma família americana, no entanto, esse fato triste, acabou transformando Phillis Wheatley em ícone da literatura afro-americana.

Phillis foi comprado por uma família de Boston, os Wheatley que ensinaram a garotinha a ler e escrever, com o passar do tempo, a jovem Phillis começou a apresentar aptidão para a poesia e a família que adotou, passaram a incentivar seu talento.

Isso pode até soar ligeiramente comum para os dias de hoje, no entanto, isso aconteceu por volta de 1765-6. Em uma época em que os povos africanos eram extraditados para as Américas e vendidos como escravos. 

Se interessou pela história de Phillis Wheatley? Então convido a continuar por aqui, afinal de contas, a maioria dos artistas contam com histórias de vida bem emocionantes, algo que não poderia ser diferente com a primeira poetisa negra.

 

Onde tudo começou para Phillis Wheatley

 

Tanto a data e o local exato de nascimento de Phillis é impreciso, alguns estudiosos acreditam que a poetisa nasceu no ano de 1953, na África Ocidental. Tudo que se sabe com certeza é a sua chegada à América do Norte, Boston, no dia 11 de Julho de 1761 em um navio negreiro chamado O Phillis.

Um comerciante rico chamado, John Wheatley, acabou comprando a garota afro-descendente com apenas oito anos com intenção de ajudar a esposa, Susanna, em seus afazeres. O casal deu à criança o nome do navio que chegara ao país e o sobrenome da família, algo comum naquele periodo.

Os primeiros ensinamentos de Phillis vieram através da filha e do filho da família que a ensinaram a ler e a escrever. Um ponto importante que ajudou em seu aprendizado foi o fato de John Wheatley ser um conhecido progressista e por isso, acabou oferecendo mais educação para sua jovem escrava.

Aos 12 anos, Phillis lia os clássicos e se deliciava com isso, aos 14 anos, nasceu seu primeiro poema “To the university of Cambridge, in New England”. Esse primeiro escrito chamou atenção da família e John passou a apoiar ainda mais a sua educação, tirando-a de seus afazeres e deixando para os outros escravos realizarem.

 

Quando a poesia de Phillis começou a ter suas primeiras oportunidades

 

No ano de 1773, Phillis com 20 anos, acompanhou o filho dos Wheatley, Nathaniel para ir a Londres. O jovem tinha uma saúde debilitada, porém, não foi o único motivo de enviá-la como acompanhante, mas uma forma de tentar publicar sua poesia na Inglaterra.

Phillis, no mesmo ano, teve um encontro com o prefeito de Londres e também uma reunião com o rei George III, entre outros letrados do país que, permitiram que Phillis lançasse um livro de poesias.

Phillis, entre um poema e outro, passou a escrever cartas para diversas pessoas importantes e começou a chamar atenção e ser convidada para reuniões, entre outros, uma dessas ilustres visitas se deram com o próprio George Whashington que acabou publicando o poema dedicado em um jornal.

E daí por diante, a vida de Phillis começou a seguir o caminho das letras, pelo menos até ser emancipada após a morte de John que deixou por escrito essa resolução. Três meses após, a filha de John e Susanna morre e Phillis, acaba casando com um negro livre que trabalhava como vendedor.

Philis e o marido tiveram problemas financeiros e para complicar ainda mais a situação, os dois filhos do casal acabaram morrendo devido às más condições de vida. Phillis escreveu outro livro, mas desta vez, não conseguiu publicar devido à dificil situação. 

Devido as dívidas, John Peters, marido de Phillis, acabou sendo preso no ano de 1784, deixando a esposa com o único filho bebê e ainda doente em extrema pobreza. Phillis começou a trabalhar como empregada e ajudante.

No entanto, Phillis não estava acostumada com aquela vida ainda mais tendo o sexismo e o racismo contra ela, acabou falecendo no dia 05 de dezembro de 1784 aos 31 anos e seu filho bebê, três horas e meia depois.

 

O legado de uma poetisa da literatura afro-americana

 

O livro lançado no ano de 1773 transformou Phillis na mulher africana mais famosa do mundo. Até mesmo Voltaire comentou publicamente que o povo negro podia escrever poesia. John Paul Jones, fez questão de mandar alguns de seus trabalhos para a poetisa ler e conhecer. Phillis foi homenageada por George Washington que ainda elogiou sua forma de escrita e seu precioso talento poético.

No ano de 2002, Molefi Kete Asante, um estudioso incluiu o nome de Phillis Wheatley entre os 100 maiores afro-estadunidenses. Foi destacada no ano de 2003 em uma escultura no Memorial de Mulheres de Boston. Em 2012, seu nome foi utilizado para batizar o novo edifício da Escola de Comunicação e Ciências da Informação e na UMass Boston, tem o nome de Wheatley Hall por causa de sua passagem pelo mundo.

 

 

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