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Marlene Dietrich e o Cinema 

Marie Magdalene Dietrich foi uma estrela alemã do cinema clássico. O que você sabe sobre a sua vida? Em quais filmes a atriz aparece? 

Dietrich nasceu em 1901, em Leberstraße, onde hoje é um distrito de Berlim. Seu pai, Louis, um tenente da polícia, morreu quando ela tinha seis anos de idade. Seus apelidos eram Lena e Lene, por isso aos 11 anos ela quis combiná-lo em “Marlene”.  

Ela aprendeu a tocar violino e se interessou por teatro desde a adolescência. Nessa mesma época, ela teve uma lesão séria no punho, mas ainda assim trabalhou tocando violino para uma orquestra de cinema mudo. Seu próximo emprego foi fazendo parte de um coral e atuando em pequenos dramas do teatro.

Em 1914 ela se casou, mas seu esposo faleceu por ferimentos sofridos na Primeira Guerra Mundial. Em 1923, durante as gravações de um filme, ela encontrou outro amor, Rudolf Sieber. Tiveram uma única filha, Maria Elisabeth.

Ao longo de muitos filmes e com uma carreira já consolidada, a partir dos anos 30, ela começa a se engajar socialmente. Ela criou um fundo para ajudar os exilados judeus a escapar da Alemanha. Em 1937, ela chegou a doar todo o seu salário, 450 mil dólares, para auxiliar os refugiados. Ela abriu mão da sua cidadania alemã e se tornou cidadã americana dois anos depois.

Durante a Segunda Guerra Mundial ela trabalhou bastante entretendo os soldados com cultura. Em 1947, ela recebeu a Medalha da Liberdade por esse seu trabalho na guerra. Ela começou a cantar e gravar álbuns, com os arranjos de Burt Bacharach. Mas ele decidiu seguir carreira solo e ela não conseguiu continuar cantando sem ele. 

A partir de 1950 ela se tornou uma artista performática de cabaré. Quando ia se apresentar na Alemanha algumas pessoas a rejeitavam, então financeiramente era um péssimo negócio se apresentar na terra natal. Em 1992, ela morreu por falência renal porque já havia abusado de muito álcool e analgésicos por conta de suas lesões nos palcos.

Marlene Dietrich e o cinema mundial

Ela inicialmente trabalhou com Josef von Sternberg, estrelando em “O Anjo Azul” de 1930. Dietrich faz o papel de uma cantora de cabaré chamada Lola Lola. Nessa produção ela ficou conhecida como atriz mundialmente, em meio aos closes no seu rosto e pernas — sob resquícios do expressionismo alemão.

Até a Segunda Guerra Mundial ela trabalhou com Sternberg, que a ajudou a criar um perfil de femme fatale. O primeiro filme no qual ela trabalhou sem ele, foi com Frank Borzage, “Desejo”, de 1936. Foi uma comédia romântica de muito sucesso em que ela interpretava a ladra Madeleine de Beaupré. 

Na Segunda Grande Guerra, ela se apresentou muitas vezes também sendo o “The Mercury Wonder Show” um dos shows mais famosos, de Orson Welles. Em 1950 ela estrelou em “Pavor nos Bastidores”, de Alfred Hitchcock. 

Nesse filme ela foi Charlotte, amante viúva de Jonathan. Ela também participou do clássico Julgamento em Nuremberg, de 1961. Depois de enveredar pela carreira de cantora de cabaré, Marlene, já na fase idosa, se apresentou ao lado de David Bowie e voltou a fazer algumas canções. 

Alguns prêmios da atriz foram:

  • Indicada ao Oscar (1931) de melhor atriz em “Marrocos”
  • Indicada ao Globo de Ouro (1958), como atriz, em “Testemunha de Acusação”
  • Venceu o Laurel Awards (1958), como atriz nesse mesmo filme
  • Eleita como 10ª Lenda Feminina do Cinema Americano, em 1999, pelo American Film Institute (AFI)

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Luciana
Jornalista e editora, mestre em rádio e televisão.

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