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Desafio Literário: setembro – 2018: Nadifa Mohamed

Oi, pessoas!

Aqui estou, de volta com meu desafio literário: 12 livros escritos por mulheres negras para 2018. Sim, 2018. Já expliquei antes o porquê desse atraso. Então, se você ainda não sabe, peço que leia minhas publicações anteriores para entender e, assim, evito ter que explicar e pedir desculpas pela milésima vez. Falta pouquinho para terminar de publicar esse desafio, mas este ano as coisas estão um pouquinho complicadas, estou bem limitada de tempo, então agradeço a paciência e vamos naquele bom e velho “devagar e sempre”.

Como faço todas as vezes, vou dividir meus comentários em duas partes. Primeiro, quero contar o motivo de escolher esse livro e autora. Na segunda publicação vou falar especificamente sobre as impressões que tive com a leitura da obra.

Bem, não sei quantos de vocês conhecem a escritora Nadifa Mohamed, mas até montar a lista do meu desafio literário de 2018, eu não a conhecia. Por isso, acho que posso dizer que minha escolha foi menos baseada na própria autora e mais em dois critérios que havia estabelecido ao montar a lista: 1 – que fossem escritoras que eu nunca tinha lido, 2 – que elas fossem de diferentes lugares do mundo.

A intenção com essa diversidade de lugares é a de ter também múltiplos olhares sobre a vida, o universo e tudo mais. Considero isso muito importante. Porém, cumprir o segundo ponto é um pouquinho mais complicado (também para meu desafio de 2019), porque, infelizmente, ainda não temos muitas traduções disponíveis. Quando buscamos na internet por escritoras/intelectuais mulheres conhecemos várias. Mas quando buscamos por livros traduzidos e publicados em português, o número ainda é bem pequeno.

Pois bem, em minhas buscas, Nadifa Mohamed foi uma autora que se encaixou nesses dois critérios. Eu ainda não havia lido nada escrito por ela e, para minha felicidade, havia um livro traduzido (até onde eu sei, o único) – O Pomar das Almas Perdidas (2013). Ela tem outras publicações. Seu livro de estreia foi o romance Black Mamba Boy (2009) – sem tradução para o português. Mohamed também publicou várias histórias curtas, nenhuma delas traduzidas. Espero ansiosamente pelo dia em tudo isso chegue ao nosso idioma, porque amei O Pomar das Almas Perdidas e gostaria muito de ter acesso às outras obras da autora. Editoras, não ignorem Nadifa Mohamed.

Aliás, vou compartilhar o pouco de informação que encontrei sobre ela. Entendo que a falta de informação provavelmente é devido ao fato de que Mohamed não é muito conhecida no Brasil, mas espero que isso mude em breve. Em inglês, sim, é possível encontrar bastante coisa, inclusive, várias entrevistas com a autora. Então se você por acaso fala/entende inglês, faça uma busca no Google ou no YouTube, que encontrará coisas bem interessantes.

Foto:
John Foley Opale

Resumidamente, Nadifa Mohamed nasceu em Hargeisa, capital da Somália, em 1981, mas se mudou para a Inglaterra com a família quando tinha cinco anos. Essa mudança seria temporária, mas com a guerra civil na Somália, acabou sendo permanente. Ela estudou na Universidade e já estreou na literatura com grande sucesso. Black Mamba Boy, que é uma espécie de biografia do pai da autora, durante o período colonial no Iêmen, foi aclamado pela crítica e recebeu alguns prêmios. Nadifa Mohamed já é uma grande escritora e é considerada bastante promissora para se unir aos grandes nomes da literatura africana.

Conhecer essa escritora foi uma experiência linda, porque O Pomar das Almas Perdidas me tocou profundamente. Mas vou falar sobre ele na próxima publicação. Espero vocês por aqui!

Para ver a lista completa do desafio literário de 2018, com os links de tudo o que já publiquei, clique AQUI.

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