O nome completo e Fundação Biblioteca Nacional, mas muitos a conhecem ( e a chamam) de Biblioteca Nacional. Mas engana-se quem pensa que é uma simples biblioteca, onde se pode emprestar livros à comunidade, ela é também a depositária de todo o patrimonônio bibliográfico do Brasil
História
A biblioteca foi criada com a chegada da família real portuguesa ao Brasil. Isso porque a coroa portuguesa proibia qualquer tipo de impressão e publicações na colônias, o que fazia com que o Correio Braziliense (primeiro jornal brasileiro) fosse impresso na Inglaterra, e só depois transportado para o Brasil. No entanto, com a decisão de fugir da europa fungindo das tropas de Napoleão Bonaparte, a família real veio e trouxe consigo todo o seu acervo literário.
Apesar da família Real chegar em 1808, os lviros começaram a chegar ao Brasil somente em 1810, e foi quando a BIblioteca foi finalmente criada. Junto com a comitiva desembarcaram cerca de 60 mil peças, entre livros, manuscritos, mapas, estampas, moedas e medalhas. Frei Gregório José Viegas e padre Joaquim Dâmaso são nomeados os primeiros dirigentes da Biblioteca, cargo então denominado como “prefeito ou encarregado do arranjamento e conservação”.
o acervo foi acomodado nas salas do Hospital da Ordem Terceira do Carmo, na Rua Direita, hoje Rua Primeiro de Março. Em 29 de outubro, data oficial da fundação da Real Biblioteca, um novo decreto determinava que “nas catacumbas do Hospital do Carmo se erija e acomode a Real Biblioteca e instrumentos de física e matemática, fazendo-se à custa da Fazenda Real toda a despesa conducente ao arranjo e manutenção do referido estabelecimento”.
Em 1858, Frei Camillo de Monserrat, então dirigente da Biblioteca, recebe as chaves do novo prédio adquirido pelo Governo Imperial para a Biblioteca, localizado à Rua da Lapa, hoje Rua do Passeio, que atualmente abriga a Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ.
Depois de três anos de reformas internas, o novo prédio é inaugurado e aberto ao público sem as melhorias pleiteadas por frei Camillo. O gás de iluminação não estava ligado, não haviam sido feitas as obras necessárias para a segurança das portas dos armários e não foi comprado, como prometido, o terreno contíguo ao jardim da Biblioteca para um possível desdobramento do seu espaço.
Crescimento com os anos e sua principal função
Em 1811 a biblioteca recebe um doação dos impressos e manuscritos do Frei José Mariano da Conceição Veloso, botânico e desenhista, com cerca de 2.500 volumes, manuscritos originais e pranchas gravadas em cobre. Mais tarde a biblioteca receberia mais doações de grandes bibliotecas e até compraria acervos.
Até 1814, somente estudiosos tinham permissão para usar a biblioteca, nesse ano foi alterado a liberação para o público da Real Biblioteca mediante consentimento régio.
Por determinação do governo imperial, a Biblioteca passa a receber um exemplar de todas as obras, folhas periódicas e volantes impressos na Tipografia Nacional, fato precursor do que hoje é a Lei do Depósito legal. Hoje a catalogação dos livros no Brasil é feita pela Biblioteca Nacional. Sabe aquele código de barras com números com as letras ISBN? Esse código (International Standard Book Number) é feito pela Biblitoca Nacional, e a editora ou o autor precisam doar um exemplar para a Biblioteca para que se mantenha guardado na história brasileira aquela publicação.
1876 É lançada a publicação periódica “Anais da Biblioteca Nacional”, a mais antiga de instituição, que é editada até hoje. Seu objetivo é divulgar documentos preciosos, livros raros e peças curiosas, além de publicar manuscritos interessantes e trabalhos bibliográficos de merecimento. Foi a primeira forma encontrada de levar a público os tesouros da Biblioteca, antigos e contemporâneos.
Visitas
Você pode fazer uma visita guiada, conhecendo a história e detalhes da Biblioteca Nacional. Durante a semana, o visitante poderá visualizar o interior das salas de leitura através de portas blindex. O acesso ao interior das mesmas é exclusivo para os pesquisadores em consulta ao acervo, desde que devidamente registrados. Excepcionalmente aos sábados, é possível visualizar apenas as salas do segundo piso – Obras Gerais e Periódicos.
Nos corredores, no Salão de Obras Raras e no Espaço Cultural Eliseu Visconti é possível visitar exposições temáticas, que reúnem peças de diversas coleções.
Os guias que orientam os visitantes são especialmente selecionados e preparados para transmitir informações históricas sobre a Biblioteca Nacional, seu acervo, suas coleções e principais obras, transformando a visita em um roteiro cultural inesquecível.
A visita orientada na Biblioteca Nacional é gratuita e pode ser realizada em três idiomas: português, inglês e espanhol.
O visitante deverá apresentar documento com foto, original ou fotocópia, na recepção da visita orientada, localizada no Saguão Principal.
Podem ser agendadas visitas para grupos específicos, permitindo um roteiro dirigido para cada público, em função de seu perfil e interesses.
O agendamento de visitas especiais pode ser feito pelo número (21) 2220-9484 ou pelo e-mail visiguia@bn.gov.br.
Republicou isso em Memórias ao Vento.