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Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM)

Localizado no Parque do Flamengo, o Museu de arte Moderna do Rio de janeiro, também chamado de MAM, foi criado em 1948 por empresários brasileiros. Esta era uma época de crescimento artístico brasileiro na arte moderna, e quando muitos brasileiros passaram a comprar obras de arte europeias no pós-guerra.

História do MAM

O MAM veio para ampliar o número de museus de arte moderna no país, o Masp já havia sido criado mas ainda não havia um museu de arte com grande expressão no estado do Rio de Janeiro.

Nessa época Assis Chateubriand e o jornalista Pietro Maria Bardi desenvolveram uma modo se permitiu que a iniciativa privada financiar obras de arte de grande relevâncias no Mercado de arte internacional.

Infelizmente um incêndio destruiu 90% do MAM em 1978. Até hoje não se sabe com precisão a causa, mas as perdas foram grandes. Entre elas haviam obras de Pablo Picasso, Miró, Salvador Dalí entre outras grandes artistas.

Após o incêndio o MAM ficou quatro anos em reconstrução. Com o passar dos anos foi recebendo doações de obras de arte de peso como Tarsila do Amaral e Cândido Portinari. Isso foi de suma importância para fortalecer o museu  e reconquistar o espaço cultural que foi perdido pelas chamas.

Atualmente o MAM  possui 12 mil obras e uma cinemateca com mais de 23 mil rolos de filme, a maioria deles obras nacionais.

Rumo à Sustentabilidade

Esse ano (2018) o museu se prepara para se tornar autossustentável, pelo menos para os próximos 30 anos. Para isso acontecer está sendo criado um PDE (patrimônio com destinação específica), um fundo de investimento que será criado com a venda de uma obra de arte. O museu já possui um débito de R$1.5 milhões reais, e por ser uma instituição privada, não recebe nenhuma assistência do governo.

A obra a ser vendida será de Jackson Pollock, nº 16 (foto ao lado). De acordo com a dirieção do MAM, a escolha se deve ao fato de Pollock não ser um artista brasileiro, que é o principal foco das obras do museu. O presidente do museu, Carlos Alberto Chateubriand afirmou à imprensa que espera que a obra permaneça no Brasil: “Nós (o museu) esperamos que o comprador seja brasileiro, e que eles mantenham a obra no MAM ou em outro museus no país”, afirmou Chateubriand. A Obra de Pollock foi doada ao museu em 1954 por Nelson Rockefeller.

O MAM esclareceu em seu site que a venda de uma obra para a sustentabilização de museus na Europa e Estados Unidos. É fato que isso acontece, mas essa será a primeira vez que um museu brasileiro leiloa uma grande obra. Isso é fato e por diversas vezes noticiado até mesmo na mídia brasileira, mas ainda assim gerou controvérsias.

O minitro da cultura apoia o museu, porém o IBRAM (Instituto brasileiro de Museus) tentou suspender a todo custo a iniciativa. Em uma nota à impressa, autarquia afirmou que “os preceitos éticos que norteiam as gestões dos museus acolhem a possibilidade de venda de obras unicamente se a renda obtida for integralmente destinada a aquisição de outras obras, dentro de uma política de aprimoramento de acervos”. Para ler a nota completa do Ibram, clique aqui.

Apesar dos esforços, outro órgão nacional, no caso o IPHAN (Instituto patrimônio histórico e artístico nacional) autorizou o museu a seguir com o leilão, que ainda não aconteceu.

Funcionamento

O MAM funciona de Terça à Domingo, das 12 as 18 horas.

Entrada: R$14 reais                                                                                                                                                      Meia entrada: R$7

Dica: Quarta após 15h a entrada é gratuita mediante senha, distribuída no mesmo dia (a partir de 15h). Estão disponíveis 2000 senhas às quartas.

Luciana
Jornalista e editora, mestre em rádio e televisão.

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