A Fera

Nunca fui um grande fã de contos de fadas e acho que passei grande parte da minha infância sem conhecer a maioria deles, afinal isso era “coisa de menininha”. Por incrível que pareça vim a conhecer mais sobre o assunto após o nascimento de minha sobrinha, sério, ela deve ter TODOS os filmes da disney e me via “forçado” a assistir aos filmes com ela. A Bela e a Fera é um de seus preferidos, e confesso que é o que acho mais interessante. Resumindo, acho totalmente válida a iniciativa de adaptar essas histórias para um público mais velho, visto que até o momento essas histórias eram vistas como infantis.

A autora soube fazer essa adaptação de forma genial, mantendo o mesmo roteiro e modificando os cenários. Com isso a estória contada nos livros passou a ser mais interessante do que aquela tão conhecida, pois aproximou da realidade do publico alvo, afinal uma parcela minima da população conhece pessoalmente um príncipe verdadeiro mas aposto que em toda cidade e escola tem um rapaz que chama a atenção de “geral”.

Não tenho porquê comentar sobre a trama, pois como disse anteriormente, pouco mudou em relação ao que conhecia da mesma, mas confesso que despertou um certo interesse em conhecer novas adaptações de A Bela e a Fera além do filme da Disney (na verdade, a única que realmente conheço).

O livro teve um único ponto que me causou certo desconforto, e teimava em passar por essas partes de forma rápida sem me importar muito com as informações ali contidas. O livro é dividido em diversas partes, cada uma com alguns capítulos, entre essas partes era exposto um diálogo através de um chat que teria acontecido entre a Fera e alguns outros seres de outros contos de fadas, realmente achei isso desnecessário para a obra. Não pesquisei a fundo, mas acredito que isso foi uma forma de gancho para novas adaptações desses outros contos uma vez que, pouco foi explicado sobre o motivo da existência deste “Chat”. Em todo caso, acredito que a autora poderia ter feito uso de outros meios para criar tais ganchos.

É um livro de tamanho normal, mas a leitura é tão dinâmica que consegui ler em menos de 8 horas, acredito ser o meu novo recorde. Logo após ler o livro, tive que assistir a adaptação cinematográfica, confesso que apesar das mudanças normais que aconteceram, essa foi uma ótima adaptação e em alguns momentos o filme chega a ser melhor que o livro, em parte por não haver esse desconforto descrito no parágrafo acima.

A autora foi feliz ao modernizar uma estória tão conhecida, e acho que é uma ótima ideia para os autores nacionais fazerem o mesmo, afinal o Brasil tem um folclore extremamente rico, mas até então voltado a um publico infantil, adoraria ver adaptações do mesmo.

Por Júnior Nascimento

Colaborador Beco das Palavras
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