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O Beco Indica #5

Toda semana, dez indicações de links para enriquecer sua timeline

Vamos acompanhar os que teve de interessante em nossa linha do tempo esta semana? Vem que o Beco Indica.

#1

A fotografia no século XX esteve presente como grande marco na popularização dos registros. Sejam eles no campo amador, profissional ou ideológico, o olhar foi a grande ferramenta de reportar algo que está em ebulição. Neste meio nasceu o fotojornalismo, um constante ‘estar no lugar e no momento certo’ que criou oportunidades para que os civis pudessem ver os horrores das guerras e presenciar (muitas vezes em tempo real) as transformações do mundo. Uma das principais agências de fotografia do mundo, a Magnum, uma cooperativa de fotógrafos que a partir dela puderam vender seu trabalho, conservando a história e seu recorte, sem a mão suprema das editoras. Em 2017 a agência completa 70 anos de intensa produção que iniciou através da organização de Robert Capa, fotógrafo especializado em guerras e que transformou a narrativa das imagens em algo profissional e histórico. Por lá, passaram Cartie-Bresson, Seymour, Bill e Rita Vandivert, Maria Eisner e Rodger.

#2

A revista britânica NME re-publicou mais uma de suas intermináveis listas. Em 2013, lançou a ideia de nomear os 100 maiores álbuns no universo rock’n’roll da história. Tem Strokes, Rolling Stones, Beatles, Oasis, Queens of the Stone Age, David Bowie e por aí vai. E para não deixar de ser NME, a 100ª e a 1ª posição tem algo muito em comum, mas vou deixar você clicar para crer.

#3

Esta semana ocorreu um protesto durante a assembleia geral de Ohio nos EUA que faz referência ao livro O Conto de Aia (Handmaid’s Tale) de Margareth Artwood. Lançado em 1985, o livro relata uma realidade distópica, onde os homens legislam sobre a reprodução humana e o corpo das mulheres, que são quistas como servas, sem nenhum direito (o que não está muito longe de nossa realidade). A conferência no Senado pretende alterar políticas anti-abortivas no estado e é parte da pauta republicana que vem nos últimos três anos tentando aprovar demandas ultra-conservadoras em diversos estados. A ideia da ementa (Bill) 145 é de que médicos possam denunciar mulheres sobre a decisão sobre o aborto até a 12 semana de gestação (Dilation and Evacuation – D&E) e, por consequência, criminalizar a ação que é conhecida hoje como um dos métodos de abortos mais seguros para a saúde mental e física da mulher. O que nos faz pensar que não é só no BR que pautas deste gênero tem ganhado fôlego e, também, repúdio da comunidade sobre o que realmente o legislativo deve realizar para o seu povo.

#4

O BuzzFeed fez uma listinha realmente útil (pra variar) para empreendedores e entusiastas de gestões de negócios e tecnologia. O usuário Startupsbrs, subiu uma lista de cinco encontros/festivais/palestras que irão ocorrer no segundo semestre no BR: a versão BR da PICNIC alemã (que acontece desde 2006 e o RJ irá receber pela primeira vez no país), a Hack Town em Minas, CASE, SIM e Pixel Show (os últimos sediados em SP).

#5

A revista Monet publicou uma notinha falando sobre um vídeo raro de Bruce Lee lutando em uma espécie de campeonato e que foi restaurado. Nem preciso dizer mais nada. Só assista 🙂

#6

Foi lançado este mês um financiamento coletivo para a publicação de uma pesquisa que pretende publicar um livro que relata a história de 100 anos do cinema de animação no BR. Criado por Ana Flávia Marcheti o cartase para a publicação da obra Trajetória do cinema de animação no Brasil está em aberto até o dia 24, mas já cumpriu a meta de arrecadação. O livro tenta não só resgatar a história, mas sim preservá-la e repassar adiante seu legado. O Nexo fez uma matéria com Ana Flávia e separou uma linha do tempo em cinco partes, que podem ser conferidas aqui.

#7

E por falar em animação, a Dazed nos traz uma matéria sobre cinco animações experimentais que não podem faltar na lista indie de qualquer serumaninho. Um deles é o anime Perfect Blue de 97, baseado no romance homônimo de Yoshikazu Takeuchi, que trata da história de Mima Kirigoe e seu terror psicológico, cantora que sai de uma banda para privilegiar a carreira de atriz e é perseguida por fãs da banda. 

#8

Ainda sobre listas e fotografia, a EPICS trouxe uma que agrada quem gosta de documentários e o registro estático. São 10 filmes que estão no catálogo de serviços de streaming (como a Netflix) sobre o tema. Inclusive comenta sobre a empreitada da VICE ao criar a série Picture Perfect que acompanha a vida de fotógrafos na atualidade e suas dificuldades na execução de seu trabalho. Todos os episódios estão disponíveis gratuitamente aqui.

#9

O Wilbert em sua página Igreja de Santa Cher na Terra publicou um vídeo com cinco motivos para assistir Steven Universo. Sinceramente, é um dos melhores desenhos nos últimos anos, conta a história de Steven que é criado por suas ‘tias’-pedras (as cristals gems) e seu pai em um mundo cheio de aventuras. O que gosto de frisar sobre o Steven é que, além de ser criado por uma mulher (Rebecca Sugar, ex-roteirista de Hora de Aventura) é que o desenho é o mais próximo de inclusão e representatividade de que eu já pude assistir. Passa com sutileza a importância de se pensar e ver o diferente como parte de você, de um modo empático e sem forçar a criança a entender o que se passa. Coisas que também são percebidas em Hora de Aventura e Apenas um Show. Lembrei até de uma resenha que o escritor paranaense Lauro Kociuba fez para o Entorno da Narrativa que comenta todas as nuances realizadas por Rebacca para criar esse laço empático entre as personagens e quem está assistindo.

 

#10

Todo mundo comentou essa semana sobre quanto Gal Gadot recebeu para atuar no filme Mulher Maravilha. Aliás, todos ficaram em choque ao ver a comparação realizada pelo site Decider ao colocar lado a lado o valor pago à Henry Cavill para interpretar o Superman no primeiro filme da franquia (R$ 14 milhões) e de Gadot para protagonizar a WW (R$300 mil). Os 2% do salário pago à mulher comparado ao homem é só mais um reflexo sobre como a industria paga menos a mulher para executar um papel similar (no caso, protagonizar um filme). O argumento é que Gal não era conhecida quando assinou o contrato, por isso o valor menor (que é similar ao que Chris Evans recebeu por Capitão América em 2011). O que não impede uma leitura enviesada sobre esteriótipos, já que contratualmente, Evans aumentou seu valor nos filmes seguintes e, ao que tudo indica, nada vai mudar em relação à Gadot. Alguma duvida?

WW3

YK Teles
Jornalista e aprendiz.
https://becodaspalavras.com/

2 thoughts on “O Beco Indica #5

  1. Oi, Lucas. Que bom que está nos acompanhando. Licença concedida. Baixei pro meu kindle e, o quanto antes, lhe darei um retorno. Obg!

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