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Conheça Yasunari Kawabata

Yasunari Kawabata foi um renomado escritor do Japão, conhecido como o primeiro japonês a ser vencedor do prêmio Nobel da Literatura, no ano de 1968. 

Biografia

Nascido em Osaka, no dia 11 de junho de 1899, Yasunari Kawabata teve uma vida bem marcada desde pequeno por ocasiões trágicas e pelo sentimento de solidão. 

Ele era filho de um médico culto, mas se tornou um orfão de ambos os pais com somente quatro anos de vido, passando então a ser criado pela seus avós por parte de pais e sendo criado no campo. 

Ele também tinha uma irmã que era mais velha, a qual foi entregue para ser cuidada e criada por uma tia, porém eles se só foram se conhecer mais tarde, em julho de 1909, quando Kawabata já tinha seus dez anos, mas a sua irmã veio a morrer no ano seguinte.

Quando ele fez sete anos (setembro de 1906) acabou perdendo a sua avó e, ais catorze anos (maio de 1914), o seu avô. 

Como acabou perdendo perdido todos os parentes de mais porximidade, Kawabata acabou se mudando para morar com a família da sua mãe, os Kurodas, porém acabou inscrito em um internato localizado bem perto de uma escola do ensino secundário.

Durante o período em que ele frequentava o liceu da ciência, escolheu se tornar um escritor depois escrever alguns de seus contos; antes disso, ainda quando era uma criança, desejava trabalhar com a pintura.

A juventude 

Em 1920, Kawabata entrou para a Universidade Imperial de Tóquio, uma das mais renomadas do seu tempo. 

Já em 1921, ele criou a revista Xin-Xicho (Pensamento Novo) e também criou o jornal de letras – Anos Literários, tendo como principal objetivo promover novos movimentos literário, que tinha como as principais preocupações, segundo alguns autores, a apresentação das “novas sensações” na literatura, considerando a pura arte como missão primordial de um escritor. 

Nessa revista publicou, em 1926, Izu no Odoriko, uma história que entrava no erotismo de um amor juvenil, com as imagens líricas bastante inspiradas nas escrituras budistas e em poetas medievais do Japão. Iniciara, porém, a sua carreira de escritor com as narrativas mais breves, mais tarde denominadas Tanagokoro no shôsetsu, hoje conhecido como um gênero principal de Kawabata.

Idade adulta

Em 1931, depois de ter casado, acabou se mudando para Kamakura, a antiga capital dos ninjas samurais, localizada no norte de Tóquio. O seu primeiro livro de romance foi Yukiguni, começado em 1934 e publicado de forma gradual de 1935 até 1937. 

Apesar de, enquanto rolava a segunda guerra, ter se permanecido neutro, depois do final do conflito, no final da década de 60, engajou-se nas manifestações políticas, participando das campanhas de alguns candidatos conservadores e se dizia contrário a revolução cultural da Chiba. Começou no ano de 1949 a série “Mil Garças”, onde constam o célebre Senbazuru e Yama no Oto.

Outras obras desse renomado escritor são Nemurero Bijo, Utsukushisa to Kanashimi to e Koto. No entanto um romance que ele considerava ser seu melhor foi o Meijin, publicado entre 1951 e 1954.

Kawabata também se tornou um dos membros da Academia Imperial e o presidente do Pen Club em terras nipônicas, atuando nas diversas reuniões internacionais dos escritores.

Ao ganhar o Nobel da Literatura no ano de 1968, no seu discurso se disse contra o suicídio, relembrando diversos amigos escritores que teriam partido dessa maneira. Em 1972, porém, no meio de um surto de depressão, se matou Zushi, próximo de Yokohama.

Estilo

No início Kawabata fazia experimentações com as técnicas surrealista, porém com o tempo ele foi se tornando um impressionista, combinando uma estética do Japão com as narrativas psicológicas e com o erotismo. 

Ele possuía um estilo que distinguia por uma linguagem mais suave, onde predomina uma subjetividade em relação à objetividade, se aproximando diversas vezes de uma prosa poética 

Pelo seu tratamento de atmosferas e de cores, ele se tornou conhecido como um artista que “pintava as palavras” de branco irradiante, praticamente sem nenhuma outra cor, como se enxerga em “O País das Neves” e em “Nuvens de Pássaros Brancos”.

O sentimento da solidão, da angústia da morte e da atração por uma psicologia feminina foram os seus temas frequentes.

 

 

Luciana
Jornalista e editora, mestre em rádio e televisão.

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