Home>Resenhas>Sem Luta Não se Vive de Almir Ghiaroni

Sem Luta Não se Vive de Almir Ghiaroni

Em seu quarto livro de ficção, Almir Ghiaroni cria um thriller cinematográfico com desvios da sociedade

 

Episódios de violência urbana, ação das milícias e outros desvios sociais própriosdas grandes metrópoles compõem a fascinante trama que se desenrola contra o pano de fundo da cidade do Rio de Janeiro e suas decantadas belezas naturais. O escritor e oftalmologista Almir Ghiaroni lança o quarto livro de sua carreira, Sem luta não se vive (Gryphus Editora), que combina todos esses ingredientes com uma paixão: o jiu-

jítsu. O lançamento vai ser nesta segunda-feira, 21/11, na Travessa do Leblon, a partir das 18h. Antes, às 17h, haverá um bate-papo com o autor e o acadêmico e professor Arnaldo Niskier, da Academia Brasileira de Letras (ABL), mediado pelo jornalista Ancelmo Góis.

A partir de um acontecimento cotidiano – um assalto – visto de maneira casual pelo personagem Herculano Fagundes, da janela do ônibus em que viajava, um thriller policial se desenvolve. Na ocasião do assalto, Patricia é ajudada por Herculano, motorista particular de origem nordestina e radicado no Rio após uma carreira no MMA, que a protege usando suas habilidades marciais. No livro, com rápidas palavras, o autor transmite a personalidade de cada um dos personagens, alguns de péssima índole. Ghiaroni consegue expor conflitos familiares, no caso os de Antonio Magalhães, empresário bem-sucedido da cidade, e de sua família constituída pela mulher Angelica e sua filha única Patricia, casada e mãe de duas filhas.

Almir procura dar destaque aos momentos de tensão, suspense e, em

especial de justiça e amizade, sentimentos muito presentes em suas obras. A tessitura do livro é composta também por um zelo poético característico do autor. No transcurso da narrativa, Ghiaroni deixa espaço para a redenção de um dos personagens. Usa para isto uma das áreas que acompanha com carinho, o kardecismo e seus pilares fundamentais, como a importância das vidas passadas, e o fato de que

muitas coincidências podem não ser meros acasos.

Aficcionado por cinema, Almir narra o thriller através de imagens, fazendo

com que suas histórias se entrelacem e que as ações de alguns interfiram na vida dos outros, criando uma cadeia de sincronicidades, o que é uma característica do autor desde seu primeiro romance, As Cores da Vida (2004). A respeito do título de seu livro, Sem luta não se vive, cuja expressão aparece de maneira recorrente na obra, lembrada sempre por Herculano, Almir conta que trata-se de uma frase dita por um

de seus pacientes e que o marcou. “Quem abandona a luta nunca vai poder saborear o gosto da vitória”, conclui.

O livro conta com prefácio do acadêmico, escritor e professor Arnaldo Niskier e apresentação do médico Jorge Moll Filho.

Ghiaroni tem em sua família uma grande referência literária. É sobrinho do

poeta e jornalista e redator Giuseppe Ghiaroni (1919/2008), que também foi redator da Rádio Nacional e de programas do humorista Chico Anysio, na TV Globo, por muitos anos.

 

Sobre o autor:

Almir Ghiaroni nasceu no Rio de Janeiro. Formou-se em Medicina pela UFRJ e é mestre em Oftalmologia por essa universidade, além de doutor pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP). Foi vencedor do Prêmio Va rilux três vezes. Desde 2018 é coordenador das sessões de Oftalmologia do Centro de Estudos do Hospital Copa Star. É também autor de As Cores da Vida (2004), Elos Invisíveis (2006), Uma Vida Não Basta(2012). Sem Luta Não Se Vive é o seu quarto romance.

Luciana
Jornalista e editora, mestre em rádio e televisão.

Deixe uma resposta