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Eudora Welty

 

Eudora Welty foi uma escritora estadunidense de romances, ensaios e contos, popularmente conhecida pelo seu retrato realista do sul. A sua obra mais aclamada é o romance The Optimist ‘s Daughter, que lhe consagrou o Prêmio Pulitzer de 1973. Confira um pouco mais da sua biografia.

 

Vida precoce

Eudora Welty nasceu no dia 13 de abril de 1909 no Mississipi. Os seus pais eram Christina Andrews Welty e Christian Webb Welty. Ela herdou da mãe o interesse pela linguagem e leitura. A sua relação com os pais influenciou bastante as suas obras de ficção, além de ter complementado o seu trabalho de escritora com o uso da fotografia.

Depois de se formar no Central High School em 1925, ela estudou Literatura Inglesa. O seu pai queria que ela cursasse publicidade como uma rede de segurança, mas ela seguiu o seu instinto. Se formou em plena Grande Depressão, o que fez se tornar muito difícil a procura por emprego.

 

Relatórios locais

Ela voltou para Mississippi no ano de 1931, e o seu pai faleceu vítima de leucemia logo depois do seu retorno. Ela passou a trabalhar na mídia do bairro em um emprego na estação de rádio local, além de escrever sobre a sociedade para o Comeercial Appeal, um jornal que tinha sede em Memphis.

Em 1933, ela passou a trabalhar para a Work Progress Administration, uma agência que desenvolveu projetos de obras públicas em plena Grande Depressão para empregar pessoas. Lá ela tirou fotos e coletou histórias da vida do povo de Mississipi.

Essa experiência fez com que ela criasse uma perspectiva mais ampla do sul, e ela usou todo esse material como ponto de partida para muitas das suas histórias.

 

Primeiro sucesso 

A publicação em 1936 do seu conto “A Morte de um Caixeiro Viajante” que apareceu na revista Manuscript e explorou o impacto do isolamento mental dos indivíduos, foi o grande impulso para Welty conseguir a sua fama literária.

Essa obra atraiu a atenção de Katherine Anne Porter, uma grande autora que foi a sua mentora durante um tempo. Esse trabalho reapereceu no seu primeiro livro de contos publicado em 41. Toda a coleção pintou um retrato do Mississippi destacando os seus habitantes e apresentando as relações raciais de maneira realista.

Além de “Morte de um caixeiro viajante” a sua coleção também possui outras entradas interessantes, como “Um caminho gasto” e “Por que vivo no PO”.

Toda coleção recebeu grandes elogios pelo seu “amor fanática pelas pessoas”, como aponta o The New York Times. Em uma cr´tica para o jornal, Marianne Hauser fala 

“Com algumas linhas ela desenha o gesto de um surdo-mudo, as saias ventosas de uma negra no campo, a perplexidade de uma criança na enfermaria de um asilo de idosos – e ela disse mais do que muitos outros autores poderiam contar em um romance de seiscentas páginas ”

Em 1942, ela escreveu The Robber Bridegroom, uma novela que empregou um conjunto de personagens dos contos de fadas com a estrutura que lembra as obras dos Grimm Brothers.

 

Obras e vida pessoal

No ano de 1960 ela retornou para o Mississippi para cuidar da sua mãe e dos seus dois irmãos. Foi lá onde ela publicou o conto “De onde vem a Voz?” e o romance Losing Battles, em 1970. Esse último foi o primeiro trabalho de Welty a entrar em uma lista de mais vendidos.

Ela também foi fotógrafa e as suas fotos sempre serviram de inspiração para os seus contos. Em 1971 ela publicou uma coleção chamada One Time, One Place, que mostrava de forma ampla a vida em plena Grande Depressão.

Ela também dava palestras e, em 1983, ela deus três em uma tarde na Universidade de Harvard, falando sobre a sua vida pessoal. Ela reuniu todas elas em um volume chamado One Writer ‘s Beginnings, que se tornou um best-seller.

Essa obra era uma mostra rara de sua vida pessoal, que ela sempre mantinha na privacidade até o dia da sua morte, em 23 de julho de 2021, na sua terra natal.

 

Legado

Os seus trabalhos foram traduzidos em 40 idiomas. Eudora Welty acabou influenciando pessoalmente diversos escritores de Mississippi, como Ellen Gilchrist, Richard Ford e Elizabeth Spencer.

Entretanto, a imprensa popular tinha a tendência de colocá-la na caixa de “tia literária” muito por causa de como ela levava a vida no particular, mas também porque as suas histórias careciam da celebração da aristocracia decadente do sul e da depravação retratada pelos outros autores notáveis como Tennessee Williams e Faulkner.

Luciana
Jornalista e editora, mestre em rádio e televisão.

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