Segundo Federação Internacional de Jornalistas, a necessidade de combater a espionagem cibernética de profissionais
O Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, celebrado nessa terça-feira (03), a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) fez um alerta sobre a necessidade de combater a espionagem cibernética de jornalistas,
Nos últimos anos, o mundo viu crescer de forma aterradora o número de relatos sobre espionagem de governos sobre jornalistas, revelando a amplitude e extensão do uso de softwares destinados a combater o crime organizado contra a imprensa e jornalistas independentes.
Para a FIJ, a falta de regulamentação e controle sobre o uso dos sistemas ‘spyware’ é uma das causas que permite a utilização por governos e agentes interessados em monitorar de perto o trabalho de profissionais de mídia, com o claro objetivo de deter a divulgação de informações à sociedade.
Spyware é uma das ameaças à liberdade de imprensa
Relatos de espionagem de jornalistas na Ásia, Europa, Oriente Médico e na América Latina preocupam a FIJ, pois, segundo a entidade, muitas vezes ela é praticada por governos ou autoridades ligadas a eles.
A espionagem digital é feita com o uso de programas de computadores. Originalmente projetados para combater o crime e o terrorismo, eles permitem um uso malicioso contra jornalistas, políticos, defensores dos direitos humanos e líderes da sociedade civil, afirma a federação.
Os mecanismos de spyware são instalados em computadores ou celulares quando se clica em um link aparentemente inocente. Quando o dispositivo é infectado, permite aos invasores acesso total a senhas, contas, chamadas, e-mails e até comunicações criptografadas.
Alguns desses spyware podem também gravar vídeos, áudios e lerem mensagens sem que os usuários saibam ou percebam algo acontecendo.
A federação reforça o alerta, uma vez com acesso total às principais ferramentas de trabalho dos jornalistas, governos podem “descobrir fontes, minar pesquisas, intimidar trabalhadores da mídia e, em alguns casos, interromper suas reportagens.”
Fonte: MediaTalks