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Gaston Bachelart

Gaston Bachelard foi um autor e filósofo com experiência no conhecimento e pesquisa francês. O filósofo tinha como principal campo de estudo a filosofia da ciência, sendo uma das maiores referências da filosofia nessa área. Confira um pouco mais sobre a sua vida e contribuições.

 

A vida de Gaston Bachelart

Gaston Bachelard nasceu no dia 27 de junho de 1884 em Bar-sur-Aube, na França. Pouco se sabe sobre as suas relações parentais, mas a sua família possuía condições sociais bem modestas para a época, fazendo com que Gaston trabalhasse desde cedo.

Durante dez anos de sua vida, ele trabalhou como funcionário dos correios. Porém, ao mesmo tempo que trabalhava, Gaston também estudava, conseguindo um diploma em matemática no ano de 1912.

Ele tinha a meta de se formar em engenharia, mas a primeira guerra o impossibilitou de realizar esse desejo. Em 1919 ele começou a dar aulas de física e química nas escolas da sua cidade natal, e trabalhou por mais de dez anos como professor.

Durante a vida, Gaston se dedicou de forma quase integral aos seus estudos e pesquisas. Ele foi premiado diversas vezes até os últimos anos de sua vida. Em 6 de outubro de 1962, depois de passar por duas grandes guerras, Gaston Bachelard faleceu.

 

O novo espírito científico 

Sendo um dos filósofos mais influentes do mundo contemporâneo, Gaston Bachelard possui como um ponto de partida para as suas idéias a filosofia das ciências naturais, principalmente da física.

Se originam nesse ambiente as suas contribuições para a epistemologia e para a poética, cuja interpretação também se vale de recursos metodológicos de psicanálise. Contrário às posições de substancialismo, chama bastante atenção para a complexidade das teorias científicas, que reflete ante de qualquer coisa a própria complexidade do verdadeiro, obrigando o filósofo a refutar as simplificações dos autores racionalistas.

É basicamente isso que ele observa em seu principal livro “O novo espírito científico”. Nessa obra ele observa que este, ao mesmo tempo que escapa à preponderância das imagens – uma característica na Idade Média e na Antiguidade – também escapa para a preponderância do esquema geométrico, bastante peculiar aos tempos atuais.

O “novo espírito científico” tende assim para um concreto, não porque se abandona ao irracional, mas porque tenta ampliar um grande alcance da razão. Bachelard inverte uma proposição kantiana, vendo o futuro da razão como produto do trabalho teórico dos homens.

O verdadeiro, categoria central da ciência, é, assim, através das mudanças e revoluções científicas, um produto que foge ao domínio de seus produtores, impondo-lhes a consciência de que o maior obstáculo para a definição de uma verdade nova é aquilo que descobriram antes e registraram.   

 

O papel do filósofo 

Gaston deu à ciência um conteúdo puramente metódico. Ou seja, filósofo não é, para Gaston Bachelard, aquela pessoa que estabelece uma relação dos discursos com as coisas, mas sim aquele que aclara as relações do homem com seu saber.

Ele ainda destaca o papel unificador da imaginação para a poesia e o saber, o sonho e o trabalho, e o caráter fundamental das linguagens, como um suporte objetivo para a subjetividade, para apreensão e a análise das contradições do ser humano.

Ante a uma extensão presente dos conhecimentos, o filósofo propõe aproximativas e também o probabilismo. Mas ainda são tão importantes, para o mesmo, os seus estudos de interpretação psicológico-literária de todos os elementos essenciais: a água, a terra, o ar e o fogo.

 

Colaborador Beco das Palavras
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