Depois de ser exibido no Festival Varilux 2020, longa Sou francês e Preto chega às plataformas de VOD.
Através do humor, o raper, ator e diretor Jean-Pascal Zadi aborda o tema do racismo em “Sou francês e preto”. O longa-metragem, exibido nos cinemas na programação do Festival Varilux de Cinema Francês, chega agora às plataformas de VOD no NOW da Claro/NET e ao Vivo TV. A distribuição no Brasil é da Bonfilm.
Sucesso na França, quando foi visto por mais de um milhão de espectadores, “Sou francês e preto” é uma comédia politicamente incorreta que exagera nos diálogos constrangedores e absurdos. O propósito é fazer com que o público reflita sobre as questões relativas às identidades de raça, gênero e nacionalidade.
No longa, Jean-Pascal Zadi interpreta JP, um ator de 40 anos que não obteve sucesso na carreira e, para chamar atenção, decide realizar um protesto pela causa negra. Só que o desenrolar dos acontecimentos o faz hesitar entre o engajamento militante e a projeção como artista.
Quem é Jean-Pascal Zadi
Jean-Pascal Zadi começa sua carreira pelo rap, como integrante do grupo La Cellule, mas já se coloca também atrás da câmera, dirigindo clipes e documentários. O primeiro deles, “Des Halls aux bacs” (2004) acompanha o percurso dos rappers independentes, mais tarde conhecidos como Sefyu e Youssoupha.
No mesmo ano, se associa a seu amigo de infância Geoffroy Dongala, para fundar a empresa Gombo Productions. Graças a ela, Zadi lança em 2008 seu primeiro longa de ficção, “Cramé”, com um orçamento de apenas 5 mil euros. Dois anos mais tarde é a vez de “African Gangster”, estrelado pelo rapper Alpha 5.20, que vende 10 mil exemplares em formato de vídeo.
Em 2011, Jean-Pascal Zadi segue sua trajetória de diretor com “Sans pudeur ni morale”. Depois do documentário “African Dream”, a respeito do Magic System, chama atenção para o seu trabalho, no qual aparece no segmento Le Before du Grand Journal. Autor de filmes vistos até então apenas no circuito alternativo, agora alcança não só grandes plateias nas salas de cinema, como também vê sua obra repercutir numa atmosfera mobilizada pelo noticiário e pelo movimento Black Lives Matter.
“Politizado, sutil, trepidante, arrebatador e incrivelmente divertido. Sou francês e preto transcende seu formato de filme composto por esquetes para propor um retrato apaixonante de uma França que se debruça sobre si mesma às voltas com suas múltiplas identidades étnicas.”
SIMON RIAUX, ECRAN LARGE
“Ao nos fazer rir, Sou francês e preto põe a nu a questão da “identidade negra” em toda a sua complexidade e lança um olhar penetrante sobre a situação dos negros na sociedade francesa”
LE PARISIEN