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Iza: Negra, Carioca e “Dona de Todos Nós”

Conheça Iza e se maravilhe com sua voz de alta potência, que leva visibilidade a várias mulheres negras das periferias de todo o país.

 

A “Beyoncé brasileira”

Isabela Cristina Correia de Lima Lima. Dois “Limas”mesmo porque os pais são primos de terceiro grau e preferiram repetir o sobrenome, o que rendeu piadas durante a infância de Iza. Na vida pessoal, todos a chamam de Bela ou Belinha. Ela nasceu em 1990, no subúrbio do Rio de Janeiro.

O nome da sua mãe também é Isabel Cristina, uma professora de artes. E seu pai é Djama, um militar naval. Iza começou a cantar aos 14 anos de idade, no coral de igrejas e paróquias.

Desde pequena enfrentava o preconceito racial, mas a mãe a explicava que isso era apenas ignorância. Com 18 anos, entrou para o curso de Publicidade e Propaganda e, depois de formada, trabalhou em uma agência, com edição de vídeos, mas dois anos depois estava cantando em um canal pessoal no YouTube. 

Para sustentar seu sonho de cantora, Iza teve bastante ajuda da mãe, mesmo quando nem havia escolhido o gênero musical exato ao qual iria se dedicar. Isabel vendia lanches no colégio onde ensinava artes para pagar os photoshoots da filha. E nessa época, seus pais se separaram, Isabel sustentava as duas. 

Todo esse esforço recebeu a devida recompensa quando um colaborador da Warner Music a assistiu. Com um ano de canal, ela recebeu o contrato para assinar, o qual vigora até hoje, e lançava o single “Quem Sabe Sou Eu”, que já escancarava sua marca de empoderamento feminino. Foi também nessa época, em 2016, que ela conheceu Sérgio Santos, um produtor musical que a ajudou a delinear sua carreira musical e, de quebra, acabou se tornando seu esposo. 

Em 2018, lançou seu primeiro e, até agora, único disco: “Dona de Mim”, indicado ao Grammy Latino. Suas influências musicais não são muito claras, já que ela disse em entrevista que não há regras na hora de compôr, só suas vivências. Mas no canal, ela fazia cover do Sam Smith e da Beyoncé, além de apontar Lauryn Hill como uma grande inspiração. 

A carioca já fez algumas parcerias internacionais.  Ciara e Major Lazer foram os cantores envolvidos e, mais recentemente, Maejor. Essa featuring, “Let me be the one” é um single humanitário gravado em favor dos refugiados e outras causas afins. 

 

O trajeto profissional

Em 2017, lançou seu primeiro single oficial “Te Pegar”. No segundo semestre do ano começou a se empenhar na elaboração do “Dona de Mim”. Mas enquanto isso lançou o sucesso com Marcelo Falcão “Pesadão” e “Amor Puro”, com Maria Gadú, em homenagem ao Dia Internacional do Orgulho LGBT+.

Em 2019, ela foi a nova técnica do The Voice Brasil, no lugar de Carlinhos Brown. Também cantou uma canção para o remake de “O Rei Leão” , junto com Ícaro Silva. Ainda em 2019 foi escolhida para ser rainha da bateria da escola de samba Imperatriz Leopoldinense, para o carnaval de 2020. Ainda esse ano, ela deverá lançar seu segundo álbum, que contará com reggae, trap, entre outros estilos musicais.

Iza ganhou seu primeiro prêmio em 2017, “Revelação do Ano”, pelo Women’s Music Event Awards. No ano seguinte também levou um Prêmio Multishow de Música Brasileira, Prêmio Contigo! Online, Prêmio GShow e muitos outros. Hoje ela concorre ao Troféu Internet, ao lado de Gusttavo Lima, Roberto Carlos e outros, cujo resultado ainda não saiu.

 

O Dona de Mim é um álbum forte, político e original. Acesse esta resenha e fique por dentro do estilo musical da Iza.

 

Colaborador Beco das Palavras
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