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O Palácio de Inverno

Estou de volta para falar de mais um livro de um de meus autores favoritos, John Boyne, desde que tive o privilégio de ler O Menino do Pijama Listrado, virei fã incondicional do autor, entretanto após ler O Palácio de Inverno temo dizer que acabei me tornando um daqueles fãs de carteirinha que a partir deste momento não conseguirei encontrar mais nenhum defeito em suas obras, ou simplesmente irei ignorar os mesmos. Este livro acabou de entrar para o meu disputado Top 5, e se não tivesse muitos outros para ler posso garantir que iria embarcar novamente nesta história.

Neste livro somos transportados para as terras frias da Rússia nas vésperas da queda do último czar russo, Nicolau II, através dos olhos de Geórgui, um simples campones que teve toda sua vida alterada ao tentar impedir que seu melhor amigo desse um tiro no primo do czar. Após esse ato de bravura, Geórgui é levado para São Petersburgo e se torna o segurança pessoal de Alexei, o Czarevich, próximo na sucessão do império Romanov.

Em contra partida, somos apresentados a Geórgui, um senhor de idade que está prestes a perder a mulher amada. Neste momento díficil de sua vida, começa a relembrar seu passado e toda a trajetória vivida até aquele ponto. Essa forma de narrativa, onde o passado e o futuro são narrados de forma intercalada até que eventualmente se encontram tornou toda a leitura dinâmica e rápida, afinal era praticamente impossível parar a leitura.

A história sobre a queda do czar sempre me fascinou, apesar de não a conhecer muito bem, quando soube que esse livro retratava justamente esse ponto da história, com um pouco de ficção, minha vontade de ler só aumentou. Encontrar em suas linhas alguns personagens já conhecidos do grande público (em grande parte devido a Disney, rs) como Anastácia e Rasputin tornou a leitura mais interessante. Como grande fça de livros fantásticos e devido a toda mitologia que circunda esse personagem, confesso que esperava um pouco mais de sua participação, mesmo sabendo que o livro não se tratava disso, afinal o livro não tem foco na guerra nem em questões políticas, é um romance, mas não um qualquer. Quem me dera que toda a história contada fosse real.

Luciana
Jornalista e editora, mestre em rádio e televisão.

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