Marias Callas – A Grande Voz da Ópera Mundial

Falar de Maria Callas não é nada fácil, pois foi a maior cantora de ópera de todos os tempos. Sua voz nunca foi comparada a nenhuma outra cantora, tamanho era seu talento e timbre único, onde entonava notas que muitos não conseguiam.

Da América para a Grécia

Ela nasceu em Nova Yorque emuma família de imigrantes gregos em 1923, e passaram por diversas dificuldades na América. Por conta das condições em que viviam lá, a família retornou à Grécia em 1937.

Callas começou a cantar na adolescência, por volta dos 14 anos. Em 1947 ela finalmente conseguiu sua estréia nos palcos italianos, com a ópera La Gioconda. Um ano depois ela despontou com a ópera Norma, produzida por Bellini

Competência nos palcos a transformou em estrela

Callas possuía uma voz poderosa com uma amplitude fora do comum. Isto permitia a cantora abordar papéis desde o alcance do mezzo-soprano até o do soprano coloratura. Com domínio perfeito das técnicas do canto lírico, possuía um repertório incrivelmente versátil.

O nome de Maria Callas cresceu a cada nova ópera que fazia, mas seu nome ocupou o pico em 1949, após apresentar duas óperas diferentes simultaneamente. Callas estava se apresentando na ópera I Puritani, quando outro diretor a pediu para substituir outra cantora na ópera Die Walkire.

Ela teve apenas dois dias para se preparar para o papel, e precisou que as falas fossem passadas durante a apresentação por um ponto. Porém sua performance foi perfeita, a colocando nas notícias dos principais jornais do mundo inteiro. Após esse feito, Callas começou a se apresentar nos principais teatros do mundo, sempre com casas lotadas.

No entanto, ela era perfeccionista e temperamental, o que dificultava o seu relacionamento com toda a equipe de produção. As pessoas que trabalharam com ela começaram a chamar de “tigresa”.

A década de ouro de Callas foram os anos 50, quando fez diversas gravações e reascendeu o interesse mundial pela ópera junto ao público. Ela era presença constante nas páginas dos jornais e revistas.

Vida Pessoal e Declínio

Callas começou a sentir mudanças na sua voz na década de 60. Um dos principais motivos para as alterações foi devido ao seu casamento com Aristoteles Onassis, no qual Callas se entrega integralmente ao marido. Ela parou de ir aos ensaios e passou a beber e frequentar festas, hábitos não muito saudáveis para a voz, provocando queda nas suas apresentações.

Uma das maiores apresentações feita por Maria Callas nessa dédaca foi a ópera Tosca, a pedido do cineasta de Franco Zefirelli. Mas em 1965, um ano após essa apresentação, Callas passa mal e desmaia no meio de uma apresentação na França. Após o ocorrido ela deixou os palcos.

Últimos anos

Apesar de fora dos palcos, no início dos anos 1970, passou a dedicar-se ao ensino de música na Juilliard School, a instituição de artes mais renomado dos Estados Unidos. Ela chegou a fazer uma turnê mundial nessa época, mas sua voz já não era a mesma e sua performance sofreu uma queda. Callas já não conseguia manter notas altas como antes, mas o público se manteve fiel por amor.

O seu casamento com Onassis que sempre fora conturbado terminou em 1968, diante de traições, a perda de um filho e dificuldades com a enteada. Onassis casa-se com Jaqueline Kennedy, mas veio a falecer no início dos anos 70, época em que Callas passa a se ver uma vida mais reclusa em Paris.

Houve diversas tentativas de fazer Callas voltar aos palcos, mas ela passou a exigir demais e evitar que se concretizassem. Em 1977, Callas sofre um infarto que a leve ao óbito. Suas cinzas foram jogadas no mar egeu, como era seu desejo.