Férias

Sabe por que eu adoro ler? Eu fujo da minha realidade, vivo um outro mundo e me transporto para outra realidade, para ser mais feliz como minha personagem, ou mais corajosa, mais séria; sofrer o que ela sofre, me imaginar na situação dela para ver como eu me sairia, se estaria tão bem como ela no meu “ The End”.

Sabe por que eu não gosto de ler? Porque as estórias acabam, e sempre nos deixam querendo mais, esperando “cenas do próximo capitulo”.

Tem uma autora em especial que me causa todos esses sentimentos variados ultimamente: Marian Keyes!

A escritora da minha vida, pelo menos parece que em alguns de seus livros andou me espiando pela janela, ou lendo meus pensamentos mais secretos (será que é só comigo? Duvido!!). Sou suspeita para falar, o primeiro livro que li foi Melancia, me apaixonei por Adam, me senti e me imaginei na pele de Claire e odiei James com todas minhas forças!
Seguinto quase que religiosamente, li “Férias” seu segundo livro. Devo dizer, temi por não gostar tanto quanto Melancia. Adorei, não tanto quanto o primeiro, é claro, mas não me decepcionei, o livro trata da autobiografia da autora. Conta a estória de Rachel, uma menina viciada em heroína e álcool, bom na verdade em todas as drogas que se possa imaginar, – como diria Luke, seu ex-namorado: “Se é droga, Rachel já usou” – que depois de um infeliz “acidente” como ela mesmo alega, vai parar num hospital por causa de uma overdose.

Depois da overdose (de acordo com ela, não proposital), Rachel, que morava em Nova York, volta para a Irlanda para uma temporada no Claustro – bancada pelos seus pais. O Claustro é uma clínica de reabilitação para viciados, onde as celebridades frequentemente vão parar. Pronta para uma temporada com banheiras de hidromassagens e para virar melhor amiga dos famosos, Rachel parte para o Claustro pensando que está indo até o paraíso, afinal ela não é uma drogada e só está indo para agradar os pais. Mas a história não é bem assim, para aceitar sua condição de dependente e se tornar uma nova mulher madura e livre das drogas, Rachel vai subir uma escada muito longa mas com muito humor e no fim das contas, sem estrelas do rock viciadas em heroína.

Você realmente vai se emocionar com o final, alias, com o meio e o começo também. É dificil não se comover. Ótimo livro, como sempre Marian Keyes se supera. Tenho mania de adivinhar o finais dos livros, não desgrudo até descobrir, leio num piscar de olhos.

E seguindo a sequência, já li Sushi, mas ai já é outra história

Luciana
Jornalista e editora, mestre em rádio e televisão.

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