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As Damas de Honra

As mulheres podem ser as mais intelectuais do mundo, mas como toda mulher, pelo menos uma vez ao ano um chick-lit entra na sua lista de leitura. Afinal, todo mundo tem aquele momento onde a cabeça tá cheia e precisamos ler algo leve e divertido para descansar e rir um pouco. Foi por isso que li As Damas de Honra de Jane Costello (ed Record).

Evie tem 27 anos e já aceita como fato que nunca irá se casar. Ela acredita nisso por um único motivo: ela nunca se apaixonou. Ela chega a essa conclusão quando se torna dama de honra de três casamentos em um único ano. E essa longa lista de casamentos parece combinar com sua longa lista de ex-namorados, que não se soma, multiplica-se a bimestralmente.

No casamento da sua melhor amiga, Grace, ela conhece Jack: lindo, educado, inteligente… Tudo que ela sempre quis. Um detalhe: ele está acompanhado por Valentina, uma “amiga”. Porém, não é todo dia que aparece um cara como Jack, e Evie não está disposta a deixa-lo passar.

Mas logo no primeiro casamento ela conhece Jack, um cara lindo e mais musculoso que o He-man (palavra da personagem), mas que está acompanhado por outra dama de honra, Valentina. Daí em diante os dois acabam em encontros e desencontros entre os casamentos e problemas de percurso.

Entre um casamento e outro Vemos Evie se virando para conquistar seu espaço no trabalho e resolver as situações mais malucas entre um (dês)encontro e outro com Jack e com suas amigas. Mas apesar de Evie ser o centro da história (e também a narradora) a história vai aos poucos nos falando das outras damas de honra (e algumas que também são noivas) – Grace, Valentina, Georgia e Charlotte. Cinco amigas que se conheceram na faculdade e mantém uma amizade próxima. A cada casamento vamos conhecendo um pouco mais das damas de honra, seus desejos e problemas, como Charlotte que se sente horrível com seu peso ou Valentina, a autoconfiança em pessoa.

A narrativa é divertida. A princípio estranhei os capítulos, que são curtíssimos, muitos de duas, três páginas, mas a autora preferiu separar as cenas, o que fez a leitura do texto ser tranquila e com mais agilidade. A história é leve, mas vou admitir, de início achei a história meio batida, mas a autora consegue fazer a leitura valer a pena no final, ao inserir cada vez mais as outras damas.

Gostei do livro, mas acredito que se a autora poderia ter feito um super trabalho se não tivesse posto Evie como o centro da história e sim inserido todas as damas. Digo isso porque ela soube criar ótimas personagens, cada uma delas com características maravilhosas que teriam deixado as leitores doidas. Falo isso porque ficava esperando um capitulo para saber como estava a vida da Charlotte e da Valentina.

Mas para o primeiro livro, Jane Costello fez um bom trabalho e espero ler o próximo livro dela, pois tenho certeza que seu talento aliado a experiência, será um ótimo livro.

 

Luciana
Jornalista e editora, mestre em rádio e televisão.

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