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Karl Marx, um dos maiores ideólogos da história

 O filósofo do século XIX influenciou acontecimentos históricos e até hoje é amplamente estudado nas academias. Por que saber mais sobre ele? 

 

Por dentro da vida do “Pai do Comunismo”

Karl Heinrich Marx nasceu em uma das mais antigas cidades alemãs, Tréveris, no ano de 1818, quando a região ainda se chamava Prússia. Sua mãe, Henriette, era holandesa e o pai, Heinrich, um alemão socialista. Juntos tiveram nove filhos, sendo Karl o terceiro.

Ele começou os estudos primários no Liceu Friedrich Wilheim aos 12 anos de idade, exatamente no contexto das revoluções liberais. A escola foi até vigiada devido a suspeita de abrigar professores e alunos liberais.

Na juventude, optou pela faculdade de Direito, na Universidade de Bonn e, depois, na Universidade de Berlim — onde Hegel lecionava. O jovem Karl Marx chegou a ser preso por um dia, por embriaguez. Mais tarde ele estuda com o teólogo Bruno Bauer e resolve mudar de carreira, voltando-se para a Filosofia e Literatura.

Bauer combatia a ideia de Jesus histórico. Ele declarava que a Bíblia não era um documento, mas um registro de fantasias humanas. Foi assim que Marx e outros intelectuais foram se aproximando do ateísmo. Ainda na faculdade, Marx conhece Jenny von Westphalen, ativista com quem casaria em 1843.

Além dos estudos, o jovem Marx se aventurou na ficção. Escreveu “Scorpion and Felix”, “Oulanem” e alguns poemas românticos.

Aos 24 anos, começou a trabalhar como redator-chefe da Gazeta Renana, um jornal liberal da pequena cidade alemã Colônia (que na época era um grande centro industrial). Todavia, o jornal é banido pelo Governo e Karl resolve se mudar para a França, centro do socialismo, onde encontra Friedrich Engels.

 

Crítica e Exílio

Como ele continuou criticando o governo prussiano, ele acabou sendo expulso de lá também e passou a morar na Bélgica. Em Bruxelas, ele encontrou o Partido dos Trabalhadores e foi ativo na Liga Comunista. Em pouco tempo de estudos com outros intelectuais de esquerda, escreve o famoso “Manifesto Comunista”. Logo ele foi exilado também desse país e se muda para Londres.

Apesar de Marx ter trabalhado como jornalista na New York Tribune, a vida em Londres não era fácil já que ele era perseguido pelas autoridades europeias. Ele tinha sete filhos, mas apenas três sobreviveram até chegar à vida adulta devido às péssimas condições financeiras. Eles viviam em dois cômodos e se alimentavam de pães e batatas. 

Em alguns anos, Jenny morre e ele adquire depressão crônica e doenças respiratórias, além das que já possuía, pois sempre teve uma saúde frágil. Com 65 anos, o pensador alemão morre por essas doenças. Nos anos 50, o extinto Partido Comunista Britânico construiu um busto de Marx sobre sua tumba, mas até hoje ele é vandalizado e depredado por questões de ideologia.

 

Um dos pensamentos mais influentes da humanidade 

Sem o Marxismo, provavelmente, as revoluções na Rússia, China e Cuba não teriam acontecido. Embora as críticas sejam pesadas ao que essas nações se tornaram, nenhuma delas alcançou o regime comunista — modelo proposto por Marx. Isso porque o caminho adotado por elas foi de isolamento com os outros países e nacionalismo, elementos que nunca foram encorajados por ele.

Ao longo desses mais de 200 anos ninguém conseguiu derrubar todos os conceitos marxistas. Algumas ideias como as de que o capitalismo é acompanhado de crises econômicas, a mais-valia e que a expansão capitalista seria a principal causa da sua instabilidade ainda são aceitas pela maioria dos intelectuais.

Para saber mais sobre a vida pessoal do filósofo, indicamos essa lista de cinco biografias super interessantes para adicionar a sua lista de leitura!

Colaborador Beco das Palavras
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