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Miguel Sousa Tavares

Miguel Andresen de Sousa Tavares, ou como é mais conhecido, Miguel Sousa Tavares é um editor, jornalista, escritor e comendador político português que nasceu em 25 de Junho de 1952, na cidade do Porto. 

 

Como jornalista, os artigos de Miguel Sousa Tavares são repletos de polêmicas por defenderem direitos que caminham contra a maioria da sociedade. Entre suas críticas mais rebatidas, estão: o Acordo Ortográfico, a Lei do Tabaco, das diversas greves em Portugal, como também da privatização da TAP, entre outros.

 

Um pouco sobre a vida de Miguel Sousa Tavares

 

Miguel Sousa Tavares vem de uma família com um histórico artístico e aristocrático que, provavelmente, resultou em suas posição diante de determinados assuntos. Miguel Sousa é formado em Advocacia, profissional que atuou até 1980, quando decidiu mergulhar no jornalismo.

Como seu pai, Francisco Sousa Tavares que também era advogado e jornalista, sua mãe, Sophia de Mello Breyner Andresen, era escritora, é bisneto de Tomás de Mello Breyner, trineto de Henrique Burnay e ainda, primo em terceiro grau de José Avillez. Como disse, nasceu em Porto e lá, passou grande parte de sua infância e juventude.

 

A trajetória de Miguel Sousa Tavares

 

Miguel começou a enveredar para os lados da comunicação social no ano de 1978, na RTP, o que lhe deu uma base extremamente importante para o seu novo caminho na estrada do jornalismo. No ano de 1989 colaborou com a fundação da revista semanal Grande Reportagem. 

Também assumiu a direção da versão trimestral da revista, tempo que compreende de 1990-1991, neste mesmo ano, Miguel acabou se tornando diretor da versão mensal, cargo que ocupou até 1999. Vale lembrar que, no ano de 1989, Miguel foi escolhido para dirigir outra revista, Sábado, que tem como fundador Pedro Santana Lopes e Rui Gomes da Silva. Seu cargo não foi ocupado durante muito tempo, já que, devido à instabilidade interna, acabou entregando o posto rapidamente.

Sua carreira como cronista teve início em 1990 quando passou a colaborar no Público com um escrito semanal, algo que se estendeu até o ano de 2002. Foi durante esse período que começou a colaborar com o desportivo A Bola, com a Revista Máxima e o informativo online Diário Digital. 

Atualmente, Miguel Sousa Tavares continua na ativa de suas colaborações. É um dos colunistas do Jornal Expresso e continua na A Bolsa, onde se destaca como um adepto do Futebol Clube do Porto.

 

Miguel Sousa Tavares na Televisão

 

Miguel começou em uma emissora de TV, mas acabou se afastando naturalmente devido aos seus contatos no jornalismo impresso, mas no ano de 1993, acabou retornando às telas na SIC, com Terça à Noite, um programa que liderou de 1993 até 1995 e que contou com participações e debates com grandes personalidades portuguesas.

Além disso, apresentou 20 anos, 20 nomes que foi uma série de vinte entrevistas com personalidades importantes da nova história portuguesa. Ao lado de Margarida Marante, apresentou na Sic um programa voltado para a política atual chamado Crossfire que esteve no ar de 1995 a 1998. 

Na década de 90, chegou a apresentar por um curto período o Jornal da Noite. Além disso, diz que recusou o convite para ser diretor-geral da RTP em 1998. No ano seguinte, foi para a TVI, onde esteve a frente do debate Em Legítima Defesa ao lado de Paula Teixeira da Cruz, com moderação de Pedro Rolo Duarte. 

No ano de 2000, ainda na mesma emissora, começa a participar às terças-feiras no Jornal Nacional, com análises sobre atualidade internacional e nacional. No ano de 2010, retorna para a SIC com Sinais de Fogo, um programa semanal que tinha como propósito comentar o universo político do país.

Atualmente, Miguel Sousa Tavares, segue na mesma emissora como comentador residente e seu programa vai ao ar toda às terças-feiras, no Jornal da Noite. 

 

Miguel Sousa Tavares e a escrita

 

Com todo esse histórico no mundo do jornalismo, nada mais comum que Miguel percebesse seu tino para as letras. O apresentador, além de cronista, se tornou um romancista de qualidade, prova disso são os prêmios que recebeu por suas obras, como por exemplo, Equador, que se tornou um best-seller e que foi traduzido para diversos idiomas.

Rio das Pedras, lançado em 2007, três anos após Equador, teve uma tiragem inicial de 100 mil exemplares, um número bem expressivo para um autor em início de carreira. E no ano de 2007, Miguel Sousa Tavares recebeu o Prêmio de Jornalismo e Comunicação Victor Cunha Rego.

 

Veja abaixo as obras do autor:

 

  • Um Nómada no Oásis, Relógio d’Água Editores, 1994
  • O Planeta Branco, Oficina do Livro, 1997
  • Anos Perdidos, Oficina do Livro, 2001
  • Não Te Deixarei Morrer, David Crockett, Oficina do Livro, 2001
  • Equador, Oficina do Livro, 2003
  • Sul, Viagens, Oficina do Livro, 2004 (Edição Ampliada)
  • O Segredo do Rio, Oficina do Livro, 2004
  • Rio das Flores,Oficina do Livro, 2007
  • No Teu Deserto,Oficina do Livro, 2009
  • Ukuhamba – Manhã de África, Oficina do Livro, 2010
  • Ismael e Chopin, Oficina do Livro, 2010
  • A História Não Acaba Assim – Escritos Políticos 2005-2012,Clube do Autor, 2012
  • Madrugada Suja, Clube do Autor, 2013
  • Não se encontra o que se procura, Clube do Autor, 2014

 

Luciana
Jornalista e editora, mestre em rádio e televisão.

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