São Paulo, SP 28/4/2021 – O desempenho ruim e a expectativa da Selic abaixo dos dois dígitos nos próximos anos fizeram a renda fixa sofrer o maior enfraquecimento entre os fundos
Com a “morte da renda fixa”, é hora de equilibrar o portfólio e encarar o setor de crédito como oportunidade de rentabilidade bem acima da Selic
O ano de 2020 terminou, mas as lições que ele deixou foram muitas, entre elas a importância da saúde financeira das empresas e de investimentos inteligentes. A renda fixa foi extremamente prejudicada em razão do corte constante da Selic – a taxa que representa os juros básicos da economia – atualmente em 2% ao ano e que sofreu nove reduções consecutivas. Em um breve comparativo, em 2016, a taxa estava em 14,25% a.a.
“O desempenho ruim e a expectativa da Selic abaixo dos dois dígitos nos próximos anos fizeram a renda fixa sofrer o maior enfraquecimento entre os fundos, R$ 95,2 bilhões no primeiro semestre de 2020. A Selic afundou, também, o rendimento da poupança, equivalente a 70% da taxa, ou seja, 1,4% a.a, ou 0,12% ao mês”, destaca Gustavo Catenacci, CEO da Credit Brasil, empresa com 25 anos de experiência em gestão de fundos e antecipação de recebíveis, volume anual de operações de R$ 2 bilhões e que em 2021 inaugurou as subsidiárias CB Partners e CB Consult, com a oferta de inteligência de crédito e de novos produtos financeiro.
No Brasil, segundo estudo do Sebrae, as Pequenas e Médias Empresas (PMEs) somam mais de 20 milhões de negócios e geram mais de 50% da mão de obra brasileira. Pesquisa da Delloite mostra que, diante da crise instaurada em 2020, em decorrência da pandemia de coronavírus, para que a recuperação dos negócios comece a prosperar, ainda em 2021, a ampliação da oferta de crédito (69%) e o apoio às PMEs (68%) são consideradas prioridades pelo empresariado. Entretanto, é preciso avaliar e identificar cenários de risco e qual a melhor alternativa de investimento.
Para 2021, a dica é: acompanhar a inflação. O mercado segue a evolução do controle da pandemia. O equilíbrio de riscos da inflação vinha apresentando melhoras e vai seguir otimizado caso não haja uma brusca depreciação cambial. É o que sugerem instituições financeiras. Além disso, em um cenário otimista, a política fiscal não pode sair dos eixos e trazer consequências no valor do dólar, na inflação e nem aumentar a taxa de juros.
O Brasil segue a política de reformas mínimas e o Banco Central deve seguir com estratégias de retomada da economia. Ferramentas de análise de riscos podem auxiliar na gestão dos negócios, controle de lançamentos, apuração de tributos e, consequentemente, redução dos riscos ficais. Países como a Austrália, por exemplo, tornaram a adoção destas ferramentas obrigatória. Uma empresa que preza pela saudabilidade financeira, transparência e investe em ferramentas de análise de riscos, facilmente conseguirá uma avaliação positiva de crédito devido a estimativas positivas de pagamentos.
As alternativas à renda fixa são variadas. Com a Selic em índices mínimos, um novo mercado se abre. Não apenas os FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios), quando uma empresa oferece a um terceiro o direito de receber um valor a ser pago futuramente, mas também o crédito consignado pode ser uma boa oportunidade para o pequeno ou médio empreendedor. Neste caso, os empréstimos pessoais têm suas parcelas debitadas diretamente na folha de pagamento ou benefício de pessoa física. Ele pode ser fornecido a profissionais do setor público e também para empresas e trabalhadores com carteira assinada do setor privado. As taxas de juros, mensais e anuais, estão disponíveis para consulta no site do Banco Central.
Para quem apostou no crédito privado e quer gerar novas oportunidades de investimento, distribuir entre as modalidades disponíveis no mercado é interessante. Mas é necessário analisar o perfil de investimento, estudá-lo e determinar qual objetivo deseja-se alcançar. Buscar a orientação de especialistas e gestores financeiros experientes, capacitados em realizar o benchmark e pulverização do investimento é essencial. Profissionais capacitados do mercado podem auxiliar na garantia de retorno, planejamento e a evitar efeitos colaterais de uma aposta falha.
Em relação aos Fundos Imobiliários, um estudo da PwC, realizado antes da pandemia de Covid-19, mostrou que a modalidade era prioritária entre investidores. A participação deste produto dobrou e passou de 5%, em 2015, para 10%, em 2020. Quando houver a desaceleração da pandemia, é possível prever a retomada de investimentos. No ano passado, apesar da descrença no setor, o volume liberado pelos bancos alcançou alta de 29% ou R$ 43,4 bilhões no primeiro semestre, quando comparado a 2019, segundo a Abecip, associação das instituições financeiras que trabalham com crédito imobiliário. A recuperação do segmento é alavancada por pessoas físicas.
“Outra vertente pouco conhecida é o Home Equity, empréstimo com móvel de garantia. Comum nos Estados Unidos e na Europa, permite a cobrança de juros baixos e a possibilidade de pagamento em um prazo maior. A vantagem é a cobrança de juros menores, o pagamento de taxas mais baixas em prazos longínquos”, explica Gustavo Catenacci, da Credit Brasil. Para além dos investimentos de créditos existem outras alternativas. É o caso da Securitização, que faz a conversão de dívidas de credores em dívidas com investidores por meio da venda de títulos. É uma maneira de antecipar valores para a viabilização de ações e empreendimentos.
Cabe ressaltar que os pequenos e médios empreendedores podem contar com o apoio de consultores de crédito para buscar o melhor caminho para seus investimentos e objetivos. Consultorias de créditos são aliadas das PMEs neste sentido. No mundo pós-pandemia e de retomada econômica, saber qual modalidade investir e obter orientação em benefício da saúde financeira é fundamental para contribuir com um cenário de desenvolvimento e consolidação dos negócios.
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