“Lembre-se de que há três coisas que todo sábio teme: o mar na tormenta, uma noite sem luar e a ira de um homem gentil.”
É sempre tão difícil escrever sobre um livro que você simplesmente adorou que no momento nem sei como começar a falar desta obra. Se você, assim como eu, achou o primeiro volume desta trilogia simplesmene genial, irá ficar sem palavras para descrever O Temor Do Sábio.
Durante todo o primeiro livro conheçemos o passado de Kvhote antes de entrar para a Universidade e após conseguir estar nela, um dos receios que tive pelo segundo livro seria justamente a trama ficar inteiramente focada na Universidade e no atrito entre Kvothe e Ambrose, afinal a obra possui muito mais potencial do que isso. Para minha surpresa e alívio, pouco da trama de O Temor do Sábio se passa na universidade.
Após mais um atrito com Ambrose, Kvothe se vê obrigado a passar um tempo longe da Universidade e quando aparece uma grande oportunidade enfrenta uma viagem longa e dura em busca de um possível mecenas que possa financiar seu estudo e sua arte. Arrisco-me a dizer que nesta viagem Kvothe conseguiu aprender mais do que se ficasse por mais um periodo na Univerdade, onde se via obrigado a fazer o máximo possível para conseguir algum dinheiro para o próximo período.
Através desta viagem tivemos uma oportunidade única de conhecer mais sobre o universo criado por Patrick Rothfuss, sua política e história. Podemos perceber também um maior amadurecimento de Kvothe em um periodo mais curto de tempo, podermos ver também um maior senso de humor, e isso acabou me tirando algumas gargalhadas durante a leitura. Fomos apresentados a costumes novos, personagens diferentes que espero escontrar novamente no futuro, isso incluí Feluriana.
Entretanto, senti muita falta da presença constante de alguns personagens que ficaram no ambiente universitário, com destaque para Auri, de longe uma das minhas peronsagens preferidas. Para compensar tivemos uma presença maior de Denna e finalmente algum movimento (nem sempre para frente) no romance entre ela e Kvothe.
Portanto, sim, ele [seu alaúde] tinha suas falhas, mas que importância tem isso quando se trata de questões do coração? Amamos aquilo que amamos. A razão não entra nisso. Sob muitos aspectos, oamor insensato é o mais verdadeiro. Qualquer um pode amar uma coisa coisa por causa de. é tão fácil quanto por um vintém no bolso. Mas amar algo apesar de, conhecer suas falhas e amá-las também, isso é raro, puro e perfeito. [Página 58]
Neste livro pude apreciar mais os versos das músicas, confesso que no primeiro passei batido pela maioria e achei aquilo um tanto irritante, porém em O Temor do Sábio isso já não aconteceu e em alguns momento voltei algumas páginas para ler novamente.
De modo geral, apesar de ser maior, achei a leitura de O Temor do Sábio muito mais leve, emocionante e empolgante que o primeiro livro, não que falta essas características em O Nome do Vento. O fato de podermos visualizar a extensão de poder de Kvothe contribuiu para que a leitura se tornasse mais prazerosa e rápida, porém as 960 não foram sufientes para suprir minha necessidade de conhecer mais essa história e eu realmente preciso do próximo livro o quanto antes.
Por Júnior Nascimento