Uma das livrarias mais antigas e belas de Portugal, A livraria Lello e Irmão está naquela lista de que devemos visitar em Porto.
Como tudo começou
José Pinto de Sousa Lello abriu a livraria em 1881, e em 1894 Mathieux Lugan vendeu sua antiga Livraria Chardron a José Pinto de Sousa Lello que, junto a seu irmão António Lello, e fundaram a companhia Lello e Irmão. Com o passar do tempo a livraria foi sendo passada aos filhos e seus descendentes.
O prédio foi projetado pelo engenheiro Francisco Xavier Esteves em 1906 ao estilo neogótico, forte no inicio do século XX. A fachada apresenta um arco abatido e 3 janelas de vitrais.
No meio da livraria há uma imponente escada que transforma todo o local. Os pilares bem projetados e decorados terminam por destacar a beleza do local.
Como é atualmente
Há uma diferença entre antigo e o acabado. O antigo mantém sua beleza e deslumbre, o acabado é aquilo que está se deteriorando pela falta de cuidado. Foi isso que percebi na livraria quando visitei em 2017.
Prateleiras cobertas de poeira e algumas até mesmo necessitando de reforma. era como se não fosse visto uma limpeza ha meses. Entendo que livros acumulam poeira, mas sei que aquela quantidade é de um bom tempo sem ver uma limpeza.
Os funcionários foram o que mais me decepcionaram. Tentei até falar com eles quando fui pagar pelos livros, mas eles simplesmente me ignoraram cortando minha sentença pra informar quanto devia. Mas não sei dizer se fui em um mal dia ou são sempre assim.
Muita gente, poucos leitores
Desde 2015 a Lello e Irmão cobra pela entrada na loja. Esse valor pode ser usado na compra de livros na loja. Entendi muito bem o motivo quando entrei: a livraria é pequena e era quase impossível andar pela quantidade de pessoas.
Me incomodei muito com a maioria deles onde o foco era tirar fotos, talvez por isso não tirei quase nenhuma lá dentro, não conseguia sequer parar sem ser empurrada, enquanto olhava os livros que compraria sempre tinha alguém tirando foto, e poucos olhando livros.
Fiquei decepcionada com essa visita, mas sei que a culpa não é da Lello e Irmão, mas sim de nós visitantes que estamos mais interessados em selfies do que a livraria representa. Saí de lá com 2 livros e me senti mais feliz em outras livraria da cidade.