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Martin Luther King

Martin Luther King foi um importante líder político e ativista estadunidense, conhecido pela sua luta contra o preconceito racial. Se tornou um dos maiores líderes das lutas pelos direitos dos negros em terras norte americanas, recebendo o Prêmio Nobel da Paz no ano de 1964. Conheça um pouco mais sobre a trajetória de vida desse importante líder político.

 

Juventude e formação

Martin Luther King nasceu na Geórgia, na cidade de Atlanta, nos Estados Unidos, em 15 de janeiro de 1929. Ele era filho e neto de pastores cristãos, da igreja Batista e acabou seguindo o mesmo caminho. Durante a sua militância política era possível perceber a sua influência cristã.

Pouco se sabe sobre a infância do pastor ativista, mas na sua juventude ele decidiu seguir carreira que envolvesse a religião. Por isso, no ano de 1951 ele se formou no curso de Teologia na Universidade de Boston. Pouco tempo depois, em 1954, MLK Jr. foi convertido em pastor, assumindo a função de pastor em uma igreja localizada em Montgomery, no Alabama.

 

Luta por direitos da população negra

Desde muito jovem, Martin Luther King passou a tomar consciência da situação de discriminação racial e social em que os negros passavam no seu país, principalmente nos estados do Sul dos Estados Unidos. 

No ano de 1955, ele deu início a sua luta pelo reconhecimento dos direitos civis da população negra estadunidense, com atos pacíficos. Ele se inspirou muito na figura do líder indiano Mahatma Gandhi e também na teoria da desobediência civil de Henry David Thoreau. Essas foram as mesmas fontes que inspiraram as lutas do líder africano Nelson Mandela, que liderou a luta contra o Apartheid, na África do Sul.

No dia 1 de dezembro de 1955, a costureira preta, Rosa Parks, foi multada e detida por decidir ocupar um local reservado para os brancos, pois os ônibus daquela cidade o motorista só podia ser branco e as pessoas negras tinham que ocupar os últimos lugares.

Esse protesto silencioso da Rosa Parks acabou se propagando de maneira muito rápida. O Conselho Político Feminino organizou uma espécie de boicote contra os ônibus urbanos, como uma medida de manifestação.

MLK Jr apoiou essa ação e, aos poucos, milhares de pessoas negras passaram a andar por quilômetros enquanto iam para o trabalho, o que acabou gerando um grande prejuízo para as empresas de ônibus da época. Esse protesto acabou durando 383 dias, e só terminou em 13 de novembro de 1956, que foi quando a Suprema Corte dos Estados Unidos aboliu de vez a segregação racial dentro dos ônibus de Montgomery.

Esse foi o primeiro movimento vitorioso identificado nos Estados Unidos. No dia 21 de dezembro de 1956, Martin Luther King e Glen Smiley, sacerdote branco, entraram juntos e ocuparam lugares na primeira fila do ônibus.

 

Discurso “Eu Tenho um Sonho”

No ano de 1963, a sua luta acabou atingindo um dos momentos mais culminantes. Ao liderar a marcha sobre Washington, manifestação que reuniu aproximadamente 250 mil pessoas, ele fez o seu mais importante discurso intitulado “Eu tenho um sonho”. Nesse discurso, ele descreve uma sociedade onde os brancos e negros consigam viver de maneira harmoniosa.

Ainda no mesmo ano, Martin Luther King e outros líderes de organizações de luta foram recebidos pelo presidente dos Estados Unidos John Kennedy, que afirmou uma agilidade na sua política contra a segregação dentro das escolas e a questão do desemprego que afetava de modo especial toda a comunidade negra. No dia 22 de novembro de 1963, o presidente foi assassinado.

No ano de 1964 foi feita a Lei dos Direitos Civis, que garantia a tão aguardada igualdade entre os brancos e negros. Isso aconteceu um ano após o seu emblemático discurso, e garantiu a Martin Luther King o Prêmio Nobel da Paz de 1964.

 

Morte de Martin Luther King

Porém, mesmo depois da lei dos direitos civis a luta continuava. No ano de 1965, o ativista MLK Jr encabeçou uma manifestação com milhares de defensores dos direitos dos negros desde Selma até Montgomery. Porém, a sua luta teria um fim muito trágico.

 

Toda a sua trajetória seria interrompida por um tiro enquanto ele descansava na sacada de um hotel em Memphins, onde ele teria ido apoiar um movimento grevista dos lixeiros. Ele morreu na cidade no dia 4 de abril de 1968. Em 1977, em homenagem póstuma, representado por sua esposa Coretta Scott King, recebeu a Medalha Presidencial da Liberdade. Em 2004, recebeu a Medalha de Ouro do Congresso Americano, pelos 50 anos da promulgação da histórica Lei dos Direitos Civis.

Dia de Martin Luther King

Nos Estados Unidos, em 1983, Ronald Regan instaurou um feriado nacional chamado de Dia de Martin Luther King (Martin Luther King Day).

A partir de então, todos os dias 20 de janeiro são dedicados a celebrar a vida desse homem tão importante para a história do combate ao racismo. 

 

Luciana
Jornalista e editora, mestre em rádio e televisão.

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