Home>Biografia>David Grossman

David Grossman

David Grossman é um escritor e autor de Israel, um dos maiores do seu país. As suas obras já foram traduzidas para mais de 30 idiomas, fazendo dele um dos autores mais populares. No ano de 2018, ele ganhou o Prêmio Israel da Literatura. Conheça um pouco da trajetória desse autor.

Biografia

David Grossman veio ao mundo na cidade Jerusalém, capital de Israel. É o filho mais velho entre os seus dois irmãos. A sua mãe, Michaella, é uma na mulher palestina, e o seu pai, Yitzhak, imigrou da Polônia com a sua mãe viúva com apenas nove anos. 

O seu pai era um motorista de ônibus e então bibliotecário. Entre as obras que ele levou para casa para o seu filho poder ler, estavam algumas histórias do Sholem Aleichem. 

Com seus 9 anos, Grossman venceu uma competição de Israel sobre conhecimento de Sholem Aleichem. Ele já trabalhou como um ator infantil.

No ano de 1971, Grossman foi servir à inteligência militar da FDI. Ele serviu ao exército durante o início da de Yom Kippur, em 1973, mas não chegou a ver a ação. 

Grossman chegou a estudar filosofia e também teatro na Universidade de Jerusalém. 

Hoje ele é marido de Michal Grossman, uma psicóloga. Os dois tiveram três filhos, Yonatan, Ruthi e Uri. Uri foi um comandante de tanque no exército de Israel e acabou sendo morto em um combate no último dia da Guerra do Líbano de 2006.

Carreira na rádio e literatura

Depois de concluir a universidade, Grossman se tornoi âncora do serviço nacional da radiodifusão de Israel. No ano 1988, ele acabou sendo demitido por ter se recusado a enterrar a notícia de que a liderança da Palestina havia declarado o seu próprio estado e que teria concedido o direito da existência de Israel. 

David abordou esse conflito entre Israel e os palestinos no seu romance lançado em 2008. Desde que esse livro foi publicado, ele começou a escrever um livro para crianças, uma ópera infantil com vários poemas. 

Ativismo Político

Grossman é grande ativista pela paz e um esquerdista declarado. 

Inicialmente declarando apoio para a ação Israelense durante os conflitos no Líbano em 2006, com base em autodefesa, no dia 10 de agosto de 2006, ele e os seus colegas autores deram uma entrevista coletiva onde instaram fortemente aquele governo a concordar com o cessar-fogo que acabaria criando a base para alguma solução negociada, dizendo: “Tínhamos esse direito de ir para guerra. Mas algumas coisas complicaram-se. … Creio que exista mais de um curso de ação disponível.” 

Dois dias após essa declaração, um dos seus foi assassinado no sul do Líbano quando o seu tanque foi bombardeado por um míssil pouco antes de decretarem o cessar-fogo.

Grossman chegou a dizer que o falecimento do seu filho não alterou nada a sua oposição sobre a política do país em relação ao povo palestino.  

Dois meses depois da morte do seu filho, David Grossman se dirigiu até uma multidão com 100.000 israelenses que foram se reunir para lembrar do aniversário do assassinato de Yitzhak Rabin no ano de 1995. 

Ele foi e denunciou o governo vigente por falhas na liderança e argumentou que dar as mãos para o o povo palestino era a grande esperança para um progresso naquela região: “É óbvio que eu estou em luto, mas a minha dor é bem maior de que a minha raiva. Sinto uma dor por esse país e pelo o que você [Olmert] e os seus amigos vem fazendo por ele.” 

Sobre a sua ligação pessoal com essa guerra, Grossman falou: “Teve pessoas que me estereotiparam, que acabaram considerando como esquerdista ingênuo e que nunca enviaria os seus filhos para um exército, que eu não sabia de como a vida era composta. Acho que essas pessoas acabaram sendo forçadas a entender que você consegue ser bastante crítico de Israel e mesmo assim fazer parte dele; eu particularmente falo como um reservista desse exército de Israel. 

No ano de 2010, Grossman, a sua esposa e a sua família fizeram parte das manifestações contra a expansão de assentamentos de Israel . Enquanto ele participava das manifestações semanais contra os colonos judeus que estavam ocupando as casas em bairros da Palestina, ele apanhou da polícia. 

Quando foi questionado por um jornalista do The Guardian sobre como ele, um escritor aclamado, poderia ter passado por isso, ele respondeu: “Não acho que eles me conheçam”

 

Luciana
Jornalista e editora, mestre em rádio e televisão.

Deixe uma resposta