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Miniaturas de Aredze Xukuru

Miniaturas RPG com pegada indígena disponível para apoio no Catarse

Financiamento coletivo do artista plástico Aredze Xukuru está em 83% e continua até o dia 07 de maio

Ao pensar em jogos de RPG automaticamente nossa memória visual nos leva a personagens europeus. Magos, ladrões, guerreiros, em geral brancos e com porte explorador. Mas, e se tivéssemos a oportunidade de jogar com miniaturas indígenas?

É com essa pegada que o artista plástico, Aredze Xukuru, criou as personagens em miniatura baseadas, em especial, na cultura Xukuru e vem, desde 2017, criando mais obras. As miniaturas já são conhecidas pelo público do RPG e na comunidade indígena nas redes sociais, por meio da participação como item de recompensa em outros Catarses e posts no instagram e facebook do artista.

https://www.instagram.com/p/CGlHeJJs14d
kriança índia (foto yoko teles)

Aredze busca por meio da plataforma de financiamento coletivo Catarse o apoio de entusiastas do universo das miniaturas, seja para jogo ou para coleções. A ideia é criar um set para um novo jogo, o wargame Kakrove, que na língua Xukuru se traduz como “guerra”.

Para a criação das peças disponíveis para este Catarse, Aredze explica sobre o trabalho de pesquisa, que tem como meta o wargame, ainda sem previsão de lançamento. “O processo de escolha é feito por povos específicos para o jogo Kakrove. Mas também existem miniaturas que não o compõem (e estão no projeto no catarse) e servem para outros modelos de RPG ou, simplesmente, para quem gosta de colecionar e pintar miniaturas”, informa.

Na página do projeto encontram-se diversas formas de participação, sendo o set completo composto de 48 figuras, dentre elas miniaturas que já foram cedidas para outros financiamentos da plataforma, como a Kriança Índia, o Kuniage e o Tybyra, este último esteve na campanha do livro Tybyra de Juao Nyn. O apoio já está em 83% e faltam mais 14 dias para a campanha ser finalizada.

Com a ampliação de vozes indígenas nas redes sociais, fica cada vez mais acessível seguir e acompanhar as artes plásticas, audiovisuais e a literatura das comunidades brasileiras. Essa acessibilidade é imprescindível para que o protagonismo indígena seja reconhecido e representado pelos atores destas comunidades.

“Eu aconselho chamarem indígenas para trabalharem em projetos, pois só a representatividade comercial não é suficiente, é preciso haver um protagonismo e ver indígenas tomando espaços que muitas vezes são negados a nós. Eu espero ver mais protagonismo, seja na produção artísticas e em outros espaços também”, finaliza Aredze Xukuru.

Para apoia o Catarse Miniaturas Indígenas de Aredze Xukuru, clique no link: https://www.catarse.me/kiya-miniaturas

 

 

 

 

 

 

YK Teles
Jornalista e aprendiz.
https://becodaspalavras.com/

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