Sabe a sensação deliciosa que se encontra ao saborear um pedaço de chocolate, deixando-o derreter lentamente na sua boca? Foi exatamente isso que senti ao começar a ler o romance de estréia de Margot Berwin – Nove Plantas do desejo e a flor de estufa (Íntriseca).
Mesmo que grande, o título do livro já induz você pensar o que as palavras estufa, plantas e o desejo tem em comum, porém, a escritora, em meio a tramas cheias de paixões, brigas, mistérios e biologia consegue lincar todos eles em uma só coisa: a busca pelo autoconhecimento.
A protagonista Lila Nova, redatora de uma agência de publicidade recupera-se de um divórcio doloroso quando percebe que sua vida é igual à sua casa: comum, nova e vazia. Mas quando conhece o belo vendedor de plantas, David Exley, um mundo todo novo se revela, e ela resolve abandonar seu “mantra pessoal” — nada de animais de estimação, nada de gente, nada de problemas —, descobre uma nova paixão, compartilhada pela autora: plantas.
Ela embarca numa viagem pelas florestas de Yucatán atrás de nove plantas místicas que trazem fama, fortuna, imortalidade e paixão. Sozinha na selva, é obrigada a aprender mais do que possa ter sonhado sobre si mesma.
Dada a sinopse do livro, vou contar toda a história do meu jeito. Abandonada pelo marido, Lila só queria encontrar uma maneira de curar suas feridas e queria fazer isso sozinha. Encontrou um lugar novo para morar, sem muitos móveis, sem muita cor, sem companhia de quase nada. Mas um dia, percebeu que ficar sozinha não seria uma idéia muito boa e resolveu que precisava de alguma coisa para se ocupar e até mesmo conversar, e foi no mercado livre de Manhattan que Lila encontrou uma nova amiga: à Strelitzia reginae, ou ave-do-paraíso e, de quebra, levou pra casa um vendedor charmoso e com olhos azuis como o mar – David Exley.
Foi o “homem-planta” que induziu Lila a se interessar não somente pelos olhos hipnotizantes dele, mas também estudar a ciência do cultivo das espécies tropicais e foi durante um passeio pelas ruas de New York que ela encontra uma lavanderia exótica e incomum: com o chão forrado de grama e musgo, a lavanderia possuía em seu interior um exemplar da samambaia-de-fogo: rara, bela e temperamental. Mais incomum ainda é o dono da lavanderia: Armand, um profundo conhecedor das propriedades medicinais e terapêuticas das plantas. Nasce uma estranha e improvável amizade entre os dois e Lila é iniciada por Armand nos mistérios das nove plantas do desejo: uma combinação mística de espécies raras que conferem ao seu guardião poderes quase sobrenaturais além de fortuna, amor, sexo e fertilidade.
Completamente envolvida pelas plantas e pela lábia de David, Lila comete o erro de contar o segredo da lavanderia que estava sempre abarrotada de gente, e foi deste erro que ela colheu outra decepção. Para se redimir de tamanho erro, embarcou em uma grande aventura em Yucatán, no México.
Não vou contar mais detalhes da história para aguçar em você, querido leitor, a mesma vontade que eu tive quando comecei a ler a trama desse livro: a curiosidade para saber como Lila iria se encontrar consigo mesma em meio a tantas plantas exóticas e poderes xâmanticos.
A forma como a autora descreve o cenário todo pelo qual os personagens estão inseridos te seduz e quando você menos espera está interessado em conhecer mais sobre algumas plantas exóticas e sobre a floresta úmida do México. Não posso deixar de comentar os excelentes diálogos que existem durante toda a história, sempre carregados de humor e ironia despertam em você a mesma vontade que Lila teve quando se deu conta que fugir da zona de conforto em que se encontrava podia ser uma boa saída para descobrir a si mesmo.
Apesar da história toda parecer meio louca e sem nexo, Nove Planta do desejo e a flor de estufa é o tipo de livro que você vai querer reler sempre e não é a toa que a obra teve os direitos cinematográficos adquiridos por Julia Roberts antes mesmo de seu lançamento, vale cada momento de leitura. Ah, e esperem por um final engraçado e surpreendente!
ahhhhh, adoro livros que nos surpreendem. Fiquei curiossima para ler, ainda mais sabendo que a JUlia Roberts comprou os direitos. Deve ser realmente bom.
Huuuum. Eu gostei da resenha e da ideia do livro. Mas às vezes fico meio assim com alguns livros, que dão a impressão de serem meio auto-ajuda. haha.
Muito boa a postagem, parabéns…
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Reconheço que achei seu blog surpreendente, pois seus posts são sempre muito bem elaborados. Sem firulas, você foi direto ao ponto e sanou todas minhas dúvidas sobre esse tema. Continuarei seguindo seu blog enquanto persistir com o ótimo trabalho. Meus cumprimentos!