A história de um dos maiores cineastas que este mundo conheceu pode ser, para você que busca por maiores informações, um verdadeiro exemplo de superação. Gianfranco Corsi, ou como se tornou mais conhecido, Franco Zeffirelli é filho ilegítimo de um grande comerciante de tecidos, sei que isso é algo comum para nós atualmente, mas naquela época… E ainda, Gianfranco acabou perdendo sua mãe aos seis anos de idade.
Giancarlo, acabou sendo criado por um grupo de atrizes inglesas conhecidas pelo codinome de “os escorpiões” e, uma delas, Mary O’Neill, assumiu o posto de mãe do jovem garoto. Ela foi a grande responsável por apresentar o mundo da arte, começando pelo inglês, literatura, teatro e Shakespeare.
Apesar de seus primeiros passos serem na arte, Zeffirelli acabou estudando arquitetura em Florença, mas acabou se integrando a um grupo de teatro. Acabou mudando para Roma depois da guerra e começou a trabalhar de assistente para grandes diretores, entre eles: Antonioni, De Sica, Rossellini e Visconti, entre seus trabalhos nessa fase, podemos destacar: A Terra Treme de 1948 e Belíssima de 1951.
Foi a partir dos anos 50 que Franco voltou a encenar alguns espetáculos, como: L’Italiana in Algeri de Rossini e ainda, chegou a dirigir Maria Callas. Assim que terminou de trabalhar em La Bohème de Puccini, Zeffirelli retornou para sua antiga paixão, o cinema, e trouxe ao mundo “A megera domada de 1967, estrelando: Richard Burton e Elizabeth Taylor.
Mas foi somente no ano de 1968 que Franco Zeffirelli escrevia seu mundo no céu de estrelas de Hollywood. Recebeu o Oscar de Melhor Diretor por Romeu e Julieta e ainda, ficou conhecido por ser o primeiro diretor a usar dois adolescentes reais para encenar a vida de Romeu e Julieta. Foi um marco da história do cinema.
Outros filmes que merecem destaque, são: Irmão Sol, Irmã Lua de 1973, Jesus de Nazaré de 1977, uma minissérie que foi produzida para a televisão, O Campeão de 1979 com John Voight e o aclamado pelo público jovem “Amor sem Fim” com Brooke Shields. O filme foi um grande sucesso e podemos dizer que é um clássico até os dias de hoje, no entanto, Franco recebeu a menção de pior diretor por esse filme.
No ano de 1980, Zeffirelli se volta para as óperas e recebe um Oscar de Melhor Direção de Arte por La Traviata de 1982, em 1986 é a vez de Otello. Ambas de Verdi e representadas por Plácido Domingo.
Em 1990, foi a vez de se enveredar pelo cinema e traz ao cinema, Hamlet de 1990 com Mel Gibson e Glenn Close, além desse trabalho, Jane Eyre de 1996, Chá com Mussolini de 1999 que foi inspirado em alguns trechos da própria biografia do cineasta. Em 2001, fez uma homenagem a Maria Callas chamado “Callas Forever” em lembrança de seus 25 anos de fechamento de cortinas dessa vida.
Franco Zeffirelli também trabalhou na política como senador de 1994-2001 por Catânia. Franco faleceu no dia 15 de Junho de 2019, na cidade de Roma aos 96 anos por causas não divulgadas.