As Virgens Suicidas – Jeffrey Eugenides
Primeiro romance do autor americano, Virgens Suicidas foi um marco para a literatura da década de 90. Foi lançado em 1993, e não muito tempo depois (1999) ganhou as telas do cinema através de Sophia Coppola. Eugenides venceu o Pulitzer em 2002 com o romance Middlesex.
O romance conta a história da família Lisbon – as cinco irmãs: Cecilia, Lux, Mary, Therese e Bonnie. O pai (professor), e a mãe (dona de casa e devota religiosa). Os pais Lisbon, são extremamente repressores, as meninas quase não saem de casa. E é nesse universo que temos nossa história acontecendo em um bairro de classe média na década de 70.
Tudo começa com a primeira tentativa de suicídio de Cecilia, a irmã mais nova. Após sua saída do hospital, os pais das meninas, resolvem dar uma festinha para as garotas. Eles acham que a interação com as outras crianças poderia fazer bem a suas meninas, tão resguardadas do mundo. Nesse dia, Cecilia se joga da janela, e dessa vez consegue se matar. Depois desse dia, uma a uma das irmãs seguem o caminho da caçula.
Apesar de saber o final da história desde o princípio da leitura, a forma com que a narrativa foi construída não diminuiu a ânsia de ler até o final a fascinante história das irmãs e tentar descobrir a motivação delas para isso.
Quem nos conta essa história são os meninos que moram no mesmo bairro das meninas Lisbon, todos fascinados pela aura que cercava as meninas, tão inatingíveis. Pouco se sabe sobre a família Lisbon, o que ficamos sabendo é o ponto de vista dos meninos sobre tudo que cerca a conservadora família. Não sabemos qual dos meninos é o narrador e se o faz como um artigo ou um diário. Muitas vezes aparenta ser um artigo criminal, no entanto, em alguns momentos nos deparamos com o narrador transmitindo toda a emoção que sente e sentiu da situação.
Apesar do tema pesado, a forma com que Eugenides construiu sua narrativa é leve, mas intensa. Vale muitíssimo a leitura. E recomendo também que procurem o filme.
http://www.youtube.com/watch?v=fbz4-du3Ayg
