Temos mais um lançamento que vai dar o que falar aqui. No mês de Julho a editora WMF Martins Fontes lança no Brasil o polêmico HQ Pagando por Sexo, um dos livros mais vendidos no exterior no ano passado.
Pagando por sexo é um relato pessoal íntimo e honesto do quadrinista canadense Chester Brown, que, depois de ser dispensado pela namorada, deseja sexo, mas não quer se envolver romanticamente com ninguém. A solução foi sair com prostitutas.
Ao longo do livro, o autor descreve com seus desenhos objetivos as várias experiências que teve e defende a superioridade desse tipo de relação sobre a tradicional relação homem/mulher, que ele classifica de “monogamia possessiva”. Nos 33 capítulos do livro, Brown narra suas experiências com cada uma das 23 prostitutas com quem saiu (uma delas, aliás, ele identificou com dois nomes diferentes).
Ele dá detalhes das características físicas e do desempenho sexual de cada uma (embora nada que possa comprometer o anonimato delas) e acaba se tornando um expert no assunto, aprendendo como chamar uma prostituta, quanto dar de gorjeta, quais jargões da área etc. O amor romântico? Não existe. Pagar por sexo é melhor. Realizado e emocionalmente impassível, Chester Brown, um dos monstros sagrados da HQ moderna, se revela em um relato cheio de detalhes, provocativo e irreverente da sua experiência com prostitutas. Feliz em pagar por sua felicidade.
O autor
Chester Brown nasceu em 1960, em Montreal, no Canadá. Publicou sua primeira tira em 1972, no jornal The St. Lawrence Sun. No entanto, sua entrada oficial no “mercado editorial” aconteceu em 1983. Nessa época ele mesmo vendia seus gibis da série Yummy Fur (reproduzidos em xerox) numa esquina de Toronto, a 25 centavos de dólar o exemplar. Em 1986, essa mesma série começou a ser publicada em revistas, tornando-se uma das mais duradouras HQs independentes. Brown ganhou quatro Harvey Awards. Em 2011 passou a fazer parte do Canadian Comic Book Creator Hall of Fame.