O Anexo

“Como terá sido a libertação quando veio? Antigamente eu tinha uma imagem dela. O barulho dos passos na escada. A sensação do ar no nosso rosto e o badalar dos sinos. Todo num carrilhão – as palavras que Margot empregava. Na minha imagem, as folhas caiam sobre nós, feito confete, e erguíamos os braços no ar e caíamos no chão ou saltávamos no canal. Abraçávamo-nos e corríamos; corríamos pelas ruas,

A morte do inimigo

Hans Keilson foi um romancista alemão que só passou a ser reconhecido como escritor poucos anos antes de morrer, em 2011, aos 102 anos. Porém, quando o descobriram, os críticos se depararam com verdadeiras obras-primas. Entre elas está o romance A morte do inimigo. Como leitora, sou capaz de arriscar que na literatura contemporânea há poucos romances tão bem elaborados e tão genialmente pensados como esse. Um homem, cujo nome