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Mário Cravo Neto

Mário Cravo Neto, foi um fotógrafo , desenhista e escultor brasileiro. Ele foi um dos primeiros fotógrafos brasileiro a alcançar fama internacional, abrindo um mercado antes pouco explorado aqui no país. 

Um artista sistemático e rigoroso, ele encontrou em temas como o povo da Bahia, a natureza, a religiosidade e o candomblé o material de que ele se nutriu para produzir diversas fotografias. Sendo detalhista em todas as atuações, foi com as fotos que ele conseguiu levar seu nome e  o nome da Bahia para o mundo. Confira um pouco mais sobre a sua trajetória.

 

Biografia

Mário Cravo Neto nasceu em Salvador, no dia 20 de abril de 1947. Ele era filho de um outro grande artista baiano, o escultor Mário Cravo Junior. Ele viveu em Nova Iorque entre os anos de 1968 e 1980, onde acabou estudando na Art Student League.

Sempre esteve conectado com a arte, sendo praticamente impossível não seguir esse caminho. Na década de 70 ele participou das Bienais Internacionais que aconteciam em São Paulo, recebendo vários prêmios nacionais pelos seus trabalhos com fotografia.

Mesmo vivendo um período nos Estados Unidos, sempre esteve diretamente ligado com a sua cidade natal, onde criou raízes impossíveis de arrancar. É através das referências da Bahia que ele conquistou o público com suas fotos, chegando a fazer parte do acervo de diversos museus, nacionais e internacionais.

Colaborou com algumas revistas durante a vida, incluindo a Popular Photography e a Câmera 35, chegando a publicar onze livros durante a vida. Em 1983 ele atuou na criação visual do LP Homenagem do Leonardo Vincenzo Boccia, criando a Contracapa, capa e o selo da obra.

 

Legado

Os seus trabalhos possuem significado gigantesco para o acervo cultural do Brasil, o que lhe rendeu diversos prêmios durante a vida. Em 2006 ele recebeu o título de Comendador da Ordem do Mérito Cultural, pelo Ministério da Cultura.

Em 1978 ele recebeu o Prêmio-estímulo Caixa Econômica Federal Escultura 1978, no 10º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM-SP.

Durante a vida recebeu as merecidas homenagens e os devidos reconhecimentos, mas o seu legado se estende até depois da morte, que ocorreu em 2009. No dia 9 de agosto de 2009, o baiano Mário Cravo Neto nos deixou em decorrência de um melanoma, o tipo mais agressivo de câncer de pele. Ele tinha 62 anos.

Deixou para trás um acervo com inúmeras fotografias que contam a história do povo baiano, do candomblé e de toda a importância da herança afro-brasileira que habita nos brasileiros.

 

Luciana
Jornalista e editora, mestre em rádio e televisão.

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