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O Hobbit

Antes de começar a resenha propriamente dita, acho que devo esclarecer uma coisa: na minha opnião, “The Sunday Times” estava um tanto quanto equivocado ao publicar esse singelo elogio. Esse mundo que conhecemos – e quem sabe a Terra-Média também? – na verdade está divido entre aqueles que leram “O Hobbit” e “O Senhor dos Anéis” e aqueles que devem lê-los; a obra de Tolkien transcende toda e qualquer expectativa.

“Num buraco no chão vivia um hobbit.” Segundo o próprio Tolkien, essa frase ele escreveu, sem motivo algum, numa folha em branco da prova de um dos alunos que gostariam de ingressar na universidade que ele trabalhava. Foi a partir dessa frase, a qual nem ele mesmo soube por quê tinha escrito, que ele criou todo universo de “O Hobbit”. E, posteriormente, ramificado de “O Hobbit”, surgiu a famosa trilogia “O Senhor dos Anéis”.

Segundo a mitologia própria do livro, os hobbits são um povo discreto e antigo. São mais baixo do que anões, mas não são tão forte quanto estes. Possuem ouvidos atentos e uma visão aguçada. Buscam sempre paz, tranquilidade, um bom fumo, e possuem um pouco de receio perante as “Pessoas Grandes”, que são como eles chamam os humanos. Possuem certa tendência de acumular gordura na barriga, mas, mesmo assim, são ágeis e ligeiros em seus movimentos.

Mas de todos os hobbits do Condado, o único que nos interessa é Bilbo Bolseiro. Ele vivia sua vida tranquila e pacata em sua toca de hobbit. Nunca se aventurara para além de sua adega ou de sua despensa. Todos os dias, como de costume, comia suas seis refeições diárias nos seus respectivos e pré-determinados horários. Tudo vai bem e ele não possui nada a reclamar.

O mapa de Thror – O caminho à Montanha Solitária e à desolação de Smaug.
Entretanto, tudo muda quando Gandalf, o mago, chega junto com uma comitiva de trezes anões bravos e destemidos. Thorin, o líder dos anões, quer vingar-se de Smaug, um dragão que dizimou a maior parte da populações de anões que viviam na Montanha Solitária, onde agora ele repousa, guardando o antigo tesouro pertencente aos anões.

Mas o que eles precisam para iniciarem sua aventura? Apenas mais um membro: um ótimo ladrão, perspicaz o suficiente para ser capaz de roubar o tesouro de Smaug. E, segundo Gandalf, Bilbo é – ou vai ser – esse ladrão que eles buscam. Bilbo reluta, não querendo aventurar-se nos perigos que possivelmente ele encontraria, mas, finalmente, resolve ajudá-los nessa empreitada.

Sendo assim, eles partem em sua busca, tendo que enfrentar os mais diversos perigos em uma aventura nesse incrível universo criado por Tolkien. O mundo médio é repleto de magia e seres fantásticos: trolls, elfos, orcs, águias, aranhas, Smaug, um poderoso dragão dourado, tudo isso e muito mais estará no caminho de Bilbo e de sua trupe.

Para quem leu ou assistiu “O Senhor dos Anéis”, “O Hobbit” será um prato cheio. Para quem não os leram, saibam que estão perdendo a chance de conhecer um universo magnífico, o qual aumentará em breve, visto que as filmagens do filme de “O Hobbit” estão em andamento.

Luciana
Jornalista e editora, mestre em rádio e televisão.

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