Quando Sylvia Beach abriu uma pequena livraria em Paris talvez não sabia que seria um sucesso mundial. Com a proposta de vender e emprestar livros em inglês em um país de língua francesa, a americana conquistou seu espaço e se tornou sensação após alguns anos.
Sem glamour de estantes bem produzidas e grandes espaços, a Shakespeare and Company chama a atenção pela diversidade de obras e manter um apoio constante a jovens escritores, sejam eles iniciantes ou reconhecidos mundialmente.
Um dos momentos de maior sucesso aconteceu na década de 20, quando os clientes mais assíduos da livraria eram também, os autores mais famosos da época.
Geração Perdida
Conhecida como Geração Perdida, os autores americamos mais famosos nessa época, e que residiram por algum tempo em Paris, eram frequentadores assíduos da livraria de Beach. Alguns desses autores eram: Gertrude Stein, Scott Fitizgerald, TS Eliott, Ernest Hemingway.
Esses autores alegavam que Sylvia Beach possuía um bom gosto para a escolha do seu catalogo e gostavam da atmosfera de sua livraria. Como uma geração que viveu intensamente cada momento, com festas intermináveis e viagens a redor do mundo, esses autores extraíram também de Paris (e da Shakespeare and Company) inspração para suas obras.
Charme da Shakespeare and Company
Ao entrar nessa livraria nos deparamos com um local repleto de livros (literalmente) até o teto. Com um piso de antigo (às vezes de cerâmica, outros locais cimento puro), vamos entrando por um local labirintico e pequeno, mas repleto de história.
Em alguns locais é fácil encontrar uma cama (o local também serve de acomodação para jovens escritores), que dormem algumas noites entre livros. Para conseguir isso o pagamento é simples: é necessário escrever um conto ou uma história e deixar na livraria como pagamento.
Atualmente o local atrai diversos turistas, o que faz o espaço ficar lotado, e às vezes de díficil acesso. Mas é impossível resistir de visitar um local que fica do outro lado da catedral de Notre Dame. A frente verde e amarela nos chama atenção e, como um imã, nos puxa para dentro daquele local.
Minha impressão pessoal
De todas as livrarias famosas que visitei, essa foi a que mais gostei. O local é simples mas muito bem cuidado. Ao passar pelas prateleiras encontrei uma edição de um livro de José Almino (fiquei tão surpresa e feliz ao ver a obra de um brasileiro ali que meu coração se encheu de alegria).
No meio da livraria há no chão um “buraco” com os dizeres “Feed the starving writers” (alimente os escritores famintos), uma forma de ajudar s escritores que dormem ali a se manterem durante a estadia. Essa foi a única livraria que une a literatura e os escritores de uma maneira tão próxima.
Andei por todos os cômodos, visitei as camas e aproveitei a vista do rio Senna das janelas do segundo andar. Saí daquele local realizada e com vontade de retornar. E irei, em breve.
oi Luciana, realmente a sua escrita é impecável , adorei ! Claudia
Muito Obrigada Claudia. Fico feliz que gostou.
Nossa, tenho tanta vontade de conhecer essa livraria! Eu sempre a namorei pelas fotos do Tumblr, mas depois de pesquisar e aprender sobre a sua história, fiquei com mais vontade ainda de voltar à Paris. É surreal imaginar que autores como o Fitizgerald frequentava ali. Muito bacana ler sobre a sua experiência. 🙂 Beijo!
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ela eh maravilhosa, a dona fica sempre por la e eh muito convidativa. Vale a pena. Fica em frente a catedrao de Notre Dame.