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Meryl Streep e a luta pela igualdade

No domingo Meryl Streep mais uma vez deixou a todos de queixo caído.

Ela é a atriz com maior número de indicações ao Oscar, uma das que possui o maior número de vitórias e vários trabalhos cinematográficos sempre aclamados pela crítica.

Mas dessa vez ela mudou o tom e falou tudo que desejava, e ninguém tinha coragem de falar na cerimônia do Golden Globe. Ela falou sobre a importância da igualdade em seu país e na sua área de atuação.

E ela não foi errada em falar, mas ela não só falou, começou provando como Hollywood é repleto de estrangeiros e que, sem essa diversidade de pessoas, não haveria artes dramáticas. Ela afirmou que arte não é feita pela cultura americana, mas pela união de todas as culturas mundiais. E Meryl não fala como alguém que somente conquistou um espaço com talento. Ela moldou seu talento, estudou para isso.

Meryl é formada em Artes Dramáticas pela Vassar College, uma renomada universidade americana. Se não bastasse isso, seguiu os estudos no mestrado em (também) Artes Dramáticas na Universidade de Yale (sim, ela é realmente mestre em artes).

Sua formação junto com seu talento e sua experiência a permitem falar com atunomia sobre Hollywood. Por isso ela começa o discurso com exemplos práticos e só então mostra que esses exemplos são a prova de que o conteúdo do seu discurso é verdadeiro.

Entender que a diversidade é necessária e que jamais deve ser reprimida é mais que um assunto de escola, influencia as artes, e a política querer fechar as portas paras as pessoas não é somente proibir pessoas de entrar em um país, mas impedir que o processo criativo se desenvolva para a comunidade que se fechará.

Meryl também mostrou algo além da importância da diversidade no Globo de Ouro, ela mostrou que até discursos podem ser poéticos.

Luciana
Jornalista e editora, mestre em rádio e televisão.

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