Os 500
Pesquisando na internet descobri que Matthew Quirk, autor de Os 500 (Companhia das Letras), é formado em história e literatura pela Harvard, provavelmente a melhor universidade que existe. Dei uma olhada em sua foto de perfil e vi um rapaz novo mas sério. Cheguei à conclusão (pré-julgando mode on) de que a leitura seria chata e difícil de entender, teórica.
Como estratégia de leitura, criei algumas expectativas sobre a história e mesmo antes de terminar o livro eu já havia concluído que minhas expectativas haviam me enganado. Os 500 é um livro policial e investigativo e, não é o meu tipo favorito, porém a leitura foi prazerosa e me cativou a continuar desde o começo.
Acompanhar a trajetória de Michael Ford é ir além de simples investigações. A narrativa prende o leitor ao descrever os questionamentos de um jovem ao perceber que a empresa em que começou a trabalhar tem objetivos obscuros. Mike Ford já teve passagens na prisão quando era mais novo e, como leitor ficamos na expectativa de saber o final da história e saber enfim que caminho Ford decidiu escolher.
Seria fácil escolher o caminho bom e fazer a escolha certa, mas quando ganhamos tudo o que sonhamos e precisamos como: uma casa mobiliada, um salário excelente, bônus extras e, uma namorada bem de vida, creio que a decisão fica um pouco mais difícil. Qual é o preço de um homem? É possível ser digno e trabalhar como se estivesse com os olhos vendados?
Enquanto eu roía as unhas para chegar ao final, não deixei de pensar que as aventuras de Mike seriam interessantes de assistir em um file e adivinhem, o livro já está sendo transformado em longa. Como toda obra é melhor do que seu filme, sugiro que você leia a história de Os 500 antes de chegar aos cinemas.
