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Clássico do Mês – O Pequeno Lorde

O_Pequeno_LordeFrances H. Burnett já havia publicado outras obras, mas “O Pequeno Lorde” (editora 34)foi seu primeiro livro voltado ao público infantil, publicado em 1886. Logo depois, vieram outros best-sellers como “A Princesinha” e “O Jardim Secreto”. Todos foram adaptados ao cinema e mesmo depois de tantos anos, continuam encantando adultos e crianças.

Cedric Errol é um garoto que mora com a mãe em Nova York. Seu pai faleceu quando ainda era muito pequeno, sabia que era um inglês, mas preferia não perguntar muito sobre ele por perceber que deixava sua mãe triste. Aos sete anos de idade, descobre que seu pai fora deserdado ao abrir mão de toda fortuna de seu pai, o Conde de Dorincourt, ao se apaixonar por uma moça simples e de família humilde americana. Recebe a visita de seu avô, que o chama para ir morar em Londres, aprender a ser um aristocrata e assumir as responsabilidades como o herdeiro de suas terras quando viesse a falecer.

Cedric vai à Londres, deixando a mãe para trás, pois não é bem-vinda à família. O que ele não sabe é que seu avô é um velho rabugento, de coração rígido e muito ligado às coisas materiais. Mas Cedric, que tem um coração puro e ingênuo, não o enxergava assim. E ainda conseguiu ajuda-lo a ser mais justo com as pessoas, generoso com o próximo, ajudar os que precisam não importa qual classe social.

Depois de ter transformado a vida do Conde de Doriancourt, Cedric – que agora era conhecido como “Lorde Fauntleroy” – tem sua herança ameaçada por uma mulher que diz ter um filho, fruto de um romance com o primogênito do velho Conde, e que seria o verdadeiro herdeiro.

O Conde não gostou nada dessa história, amava Cedric e estava feliz que ele fosse o seu herdeiro, afinal havia demonstrado muito mais lealdade, respeito e dedicação pelo seu povo. Era um verdadeiro conde do qual ele nunca havia sido.

Como seria dali pra frente, o que aconteceria com Cedric, e tudo o que havia ganhado com a herança? O final é emocionante, típico das histórias de Frances Burnett, capaz de provocar muitas lágrimas e sensibilizar corações endurecidos.

Quem já conhece as três obras pode perceber uma semelhança; crianças ensinando adultos sobre os valores da vida, mesmo nos momentos mais difíceis. Em uma análise mais profunda, comecei até a acreditar que J.K Rowling teve alguma inspiração em “O Pequeno Lorde” para escrever “Harry Potter”. Mas para chegar a essa teoria, é preciso ler o livro do começo ao fim e atentar a alguns detalhes dessa comovente história sobre a diferença entre ser nobre e agir com nobreza.

Luciana
Jornalista e editora, mestre em rádio e televisão.

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