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Lygia Bojunga

Biografia da escritora brasileira 

Lygia Bojunga é uma escritora brasileira responsável pela publicação de inúmeros livros voltados para o público infantil. 

Lygia foi a primeira escritora não europeia e não estadunidense a vencer o maior prêmio da literatura infanto-juvenil, o prêmio Hans Christian Anderson. As suas contribuições são marcantes até os dias atuais, fazendo de Lygia uma das maiores escritoras da história do Brasil. Confira um pouco da sua trajetória.

 

Juventude

Lygia Bojunga nasceu no dia 26 de agosto de 1932, na cidade gaúcha de Pelotas. Porém, com apenas oito anos de idade, Lygia se mudou junto com a sua família para o estado do Rio de Janeiro.

A sua infância e juventude foram marcadas pela literatura e arte e, sem muita surpresa, ela seguiu esse caminho. 

No ano de 1951, por exemplo, Lygia passou a fazer parte da Companhia teatral Os Artistas Unidos, onde se apresentou por algumas cidades e interiores. Nesse período, começou a trabalhar como atriz no rádio e passou a participar de programas de TV. 

Sempre muito amante da natureza, Lygia procurou morar no interior, fazendo isso durante a juventude. Por causa dessa mudança, acabou abandonando as apresentações no palco e suas outras atividades para a TV.

Morando no interior, passou dez anos de sua vida escrevendo, ao invés de atuar. Porém, junto com o seu marido, acabou fundando uma escola rural para crianças carentes. Essa escola, chamada “Toca”, funcionou durante cinco anos de sua vida.

Todas as experiências de vida e contribuições no mundo da arte fez com que Lygia obtivesse bagagem e criatividade para escrever livros autorais. Enquanto a “Toca” funcionou, a sua ligação com criança se intensificou e fez com que ela criasse intimidade com histórias infantis.

 

Primeiro livro

A sua primeira experiência literária ocorreu em 1971, com o livro “Os Colegas”. Ela venceu o concurso de Literatura infanto-juvenil do Instituto Nacional do Livro, e publicou a obra vencedora um ano depois.

Esse livro é uma fábula, onde ela conta as aventuras de cinco animais: os cachorros Latinha, Flor-de Lis e Virinha, o urso Voz de Cristal e o coelho Cara de Pau. A partir dessa fábula que Lygia Bojunga se encontrou no mundo da literatura infantil.

 

Obras e sucessos

Depois do lançamento de seu primeiro livro, Lygia acabou ganhando um grande público que a apoiava A partir dessa nova legião de admiradores, a autora publicou: Angélica em 1975, A Bolsa Amarela em 1976, A Casa da Madrinha em 1978, Corda Bamba em 1979 e o Sofá Estampado em 1980.

Graças a essas obras e o sucesso em torno delas, Lygia venceu o Prêmio Hans Christian Andersen no ano de 1982. Essa é uma premiação concedida pela International Board on Book for Young People, filiada à UNESCO.

Esse prêmio é considerado o “Prêmio Nobel” voltado à literatura infanto-juvenil. Lygia foi a primeira escritora mulher a ganhar esse prêmio que não morava nos Estados Unidos ou Europa.

Entre as suas obras, o livro “A casa da madrinha” se encontra entre as suas principais. O livro narra as desventuras de um garoto, Alexandre, que trabalhava vendendo coisas na rua do Rio de Janeiro. 

Em um certo dia, ele decidiu sair em busca da “casa da madrinha”. Esse era um local onde todos os problemas que ele atravessava, como a fome, por exemplo, podiam ser selecionados. 

As suas obras sempre trabalham a realidade junto a fantasia. São mais de 10 histórias infantis publicadas pela a autora, confira algumas delas.

 

  • Tchau (1984)
  • Nós Três (1987)
  • Paisagem (1992)
  • Seis Vezes Lucas (1994)
  • O Abraço (1995)
  • A Cama (1999)
  • O Rio e Eu (1999)
  • Retratos de Carolina (2002)
  • Aula de Inglês (2006)
  • Sapato de Salto (2006)
  • Querida (2009)

 

Vida pessoal e outros projetos

O  seu segundo marido, Peter, é um inglês, fazendo com que Lygia decidisse se mudar para a Inglaterra em 1982. Porém, Lygia não deixou de vir ao Brasil de maneira constante. 

No ano de 1988, depois de mais de uma década parada, decidiu voltar a trabalhar como atriz, atuando nos palcos brasileiros e estrangeiros. 

Lygia sempre teve projetos paralelos à literatura. Em 2006, por exemplo, decidiu criar a Fundação Cultural Lygia Bojunga, que tem como objetivo principal desenvolver algumas ações para popularizar a leitura no Brasil.

 

Luciana
Jornalista e editora, mestre em rádio e televisão.

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