John Ray Cash, popularmente conhecido como Johnny Cash, foi um influente músico e compositor estadunidense. Uma das principais referências artísticas do século passado, Johnny era chamado pelos seus fãs como o “O Homem de Preto”.
A sua fama e prestígio não é para menos, afinal o artista teve uma carreira que durou aproximadamente cinco décadas, com muitos altos e baixos, polêmicas e muita música boa para os ouvintes. Johnny também era reconhecido para muitos a personificação da música country, e deixou o seu legado na história da música. Confira a trajetória da vida e carreira desse artista lendário.
Infância e juventude
Johnny nasceu em Kingsland, nos Estados Unidos, no dia 26 de fevereiro de 1932. Ainda na sua infância ele já se interessava bastante pelo mundo da música, mas muito diferente do que ele viria a tocar no futuro. É que as influências musicais da infância de Johnny era a música gospel, bem em alta naqueles tempos.
Ainda na sua infância, uma tragédia em sua família impactou para sempre a sua vida. Quando Johnny tinha 12 anos, em 1944, o seu irmão mais velho, Jack Cash, faleceu depois de sofrer um acidente em uma serra de madeira quando os dois estavam trabalhando em um campo de algodão.
No dia do acidente, Johnny tinha ido para a pescaria e não pôde ver o que aconteceu, e esse fato fez com que ele sempre se sentisse culpado pelo falecimento do seu irmão. Todos esses acontecimentos afetaram muito a vida e a cabeça de Johnny, que muitas vezes recorria à música para superar esses problemas.
Primeiros sucessos e envolvimento com as drogas
Durante a sua juventude Johnny foi desenvolvendo o seu talento para a música e já tinha em mente uma coisa: ser um músico de sucesso. E, ainda jovem, com apenas 23 anos, começou a emplacar os seus primeiros sucessos. Em 1955, ele já tinha lançado com “Hey Porter” e “Cry Cry Cry”, músicas atemporais que marcaram a sua carreira e te tiraram do anonimato.
Já na década de 1960 a sua carreira começou a decolar de vez, lançando álbuns, singles de sucesso e fazendo shows. Porém, ao mesmo tempo em que Johnny curtia e aproveitava os bons frutos do sucesso, o artista também passou a usar drogas, dando início ao seu vício em anfetaminas e em barbitúricos.
O vício em drogas influenciaram diretamente o seu comportamento, mas ele se manteve criativo e disposto para lançar mais hits. Porém, nada disso estava seguro, pois o seu vício em drogas atrapalhou a sua vida amorosa, provocando o seu divórcio, algumas confusões e polêmicas e as suas emblemáticas prisões.
Um tempo depois, Cash passou a refletir e afirmou o seu compromisso em se desintoxicar e se livrar de vez das drogas. Nesse processo ele contou com apoio dos amigos e da June Carter, namorada que se tornaria a sua esposa para o resto de sua vida.
Recomeço, mas sucesso e últimos dias
A sua recuperação das drogas não foi fácil, mas Johnny foi conseguindo aos poucos recuperar a sua vida pessoal e carreira. No ano de 1969, nasceu o seu primeiro e único filho homem de Cash, o John Carter Cash, fruto de seu relacionamento com June. Nesse período ele ganhou um programa de TV, que contava com a presença de grandes astros como Bob Dylan e Neil Young. Esse seu programa durou de 1969 a 1971.
Em meados da década de 1970, a sua popularidade e sucesso de suas músicas começaram a cair, mas a sua autobiografia, lançada em 1975, vendeu mais de 1 milhão de cópias, um marco para a época, que fez com que Johnny voltasse à mídia. Já na próxima década, as suas gravações e trabalhos também não causaram muito impacto na indústria.
Esse período de pouco sucesso foi difícil para Johnny, mas não fez com que ele se afundasse no vício, o que para ele era a sua maior conquista. No mesmo período, o astro dos palcos começou a fazer trabalhos como ator em filmes, e também escreveu um livro. O romance, sua única obra do gênero, intitulada “Man in White”, contava uma história bíblica. A obra é em referência ao nome da sua autobiografia, que se chama “Man in Black”.
No ano de 1999, Johnny começou a sofrer com alguns problemas de saúde e também foi obrigado a diminuir uma turnê. Foi muito difícil para Johnny aceitar que a idade vinha chegando, mas ele conseguia viver bem, enfrentando as enfermidades junto a sua esposa.
Porém, no dia 15 de maio de 2003, a sua fiel companheira June Carter faleceu, aos 73 anos, em decorrência de complicações depois de uma cirurgia em seu coração. Johnny sentiu muito a morte da esposa e, no dia 12 de setembro, apenas quatro meses depois, Cash faleceu por conta da diabetes, aos 71 anos.