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Como Quebrar a Maldição de Um Dragão

Os jovens leitores devem se preparar para uma nova aventura este ano. Chegou às livrarias em janeiro o quarto livro da coleção Como Treinar Seu Dragão. Cheio de novas aventuras e descobertas, Como Quebrar a Maldição de Um Dragão (Ed. Intrínseca) conheceremos novos personagens e veremos um Soluço cada vez mais valente (embora continue desengonçado).

A história agora estará gelada. Já se passou dois meses desde que Soluço, Banguela e Perna-de-Peixe lutaram contra os romanos, o inverno chegou e tudo ao redor da ilha de Berk está congelado (inclusive o mar). Graças a Thor (o grande deus dos vikings) isso faz com que uma grande e perigoso dragão, da espécie Garra da Destruição, que vive perto da vila de nossos heróis esteja preso no gelo. Mas também permite que o grupo de vikings dos Histéricos  possam sair de seu confinamento já que o Garra da Destruição não consegue quebrar o gelo que o prende.

Os Histéricos são vikings completamente loucos e sanguinários. Há 15 anos eles estão presos em sua ilha, desde que um dragão da espécie Garra da Destruição os perseguiu em alto mar e ficou morando na entrada da ilha. Existe uma profecia que diz que o dragão será morto pelo viking que conseguir tirar a flecha que transpassa um vegetal  desconhecido e que somente os histéricos possuem. Esse vegetal só existe em um continente ainda desconhecido chamado América, mas que ninguém sabe ao certo se existe (porque ele ainda não foi descoberto) e que os histéricos afirmam existir.

Como os histéricos são considerados loucos, ninguém acredita que eles realmente fora para essa tal de América, e também têm dúvidas se esse vegetal realmente existe, por isso quando o mencionam, o chamam de vegetal-cujo-nome-ninguém-ousa-dizer. Existem lendas de que o vegetal-cujo-nome-ninguém-ousa-dizer é também o antídoto para a picada de um terrível dragão, a vorpente venenosa (que conhecemos no terceiro livro da série) e que picou um de nossos heróis. Agora, com ajuda de Camicazi, a pequena Viking herdeira do trono das ladras do pântano, eles terão que entrar na vila de Histeria e tentar achar um vegetal que nunca viram para quebrar essa terrível maldição que pode levar um deles à morte (se é que realmente existe).

O livro mantém o bom humor já costumeiro da coleção e que faz qualquer leitor se divertir. Pude perceber também o amadurecimento das personagens. Geralmente heróis com o estereotipo de Soluço, magro, desajeitado e medroso, só costumam mostrar toda sua coragem no último minuto. Mas desde o terceiro livro da série a autora tem, aos poucos, transformando Soluço em um jovem viking destemido. Essa coragem dosada a conta-gotas mostra a autoconfiança que a personagem ganha a cada vitória e, ao mesmo tempo, bom senso da autora, que não busca manter um herói medroso, mas um menino que, aos poucos descobre seus talentos, amadurecendo dia após dia.

Eu gosto do modo como Cressida Cowell conduz esse amadurecimento das personagens. Não há exageros, evitando que o livro se torne chato (se o personagem continua sendo medroso cansamos por ele repetir sempre o mesmo ato ou se torna corajoso demais a ponto de não reconhecermos mais a personagem).

Os valores, que não podem faltar em um livro infantil, também são bons. Apesar de bastante utilizado, o hábito de se mostrar que força física não é garantia de vitória continua sendo um ponto importante a ser falado para as crianças. Unido a premissa que temos talentos que ainda não descobertos e as questões históricas (contando a história dos vikings e seus hábitos e religiões) cria-se um texto com uma mensagem educativa para os leitores.

Quem desejar ler um pedaço do livro, clique aqui.

Luciana
Jornalista e editora, mestre em rádio e televisão.

4 thoughts on “Como Quebrar a Maldição de Um Dragão

  1. Hummm… parece ser bem legal mesmo. Gosto dessas séries e gosto de contos infanto-juvenis. Fizeram parte de toda minha adolescência e até hoje lembro de principios que aprendi nesses livros! 😉

    Vou tentar adquirir a coleção.

  2. Será um Senhor dos Anéis infanto-juvenil? hehe.

    Gosto de livros para criança e adolescentes, mas não gosto muito de livros épicos. Preciso aprender a apreciar mais…

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