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Conheça o Museu Imperial, em Petrópolis

O Museu Imperial, comumente conhecido como Palácio Imperial, é um museu temático histórico localizado no centro histórico de Petrópolis, Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

O museu está no antigo palácio de verão do imperador brasileiro Dom Pedro II. A coleção de museu inclui obras relacionadas à monarquia brasileira, incluindo móveis reais, documentos, das obras de arte e pertences pessoais.

 

História do Museu Imperial

Em 1822, Dom Pedro I foi para Vila Rica (atual Ouro Preto) em Minas Gerais em busca de apoio em relação ao movimento de independência do país. Fascinado pelo clima ameno da Mata Atlântica e da serra, ele ficou na Fazenda de Padre Correia e até se ofereceu para comprar. Porém o proprietário recusou vender.

Por essa razão, Dom Pedro adquiriu a Fazenda de Córrego Seco por 20 contos de réis em 1830. Ele pretendia transformá-la no Palácio de Concórdia por um dia.

Porém, a crise na política de sucessão de Portugal e o clima de insatisfação nos bastidores foram os fatores decisivos para ocorrer seu regresso para a pátria, onde morreria se não voltasse ao país. A Fazenda Córrego Seco acabou como um legado de seu filho, Dom Pedro II, onde construirá sua residência de verão preferida anos depois.

Foi a pedido de D. Pedro, que o belo edifício neoclássico foi concluído em 1845 e concluído em 1862. É aqui que se encontra atualmente o Museu Imperial. Dom Pedro II oficializou um decreto no dia 16/03/1843, em Petrópolis. Sob a autorização de  Julius Friedrich Kohler, engenheiro e comandante da Fazenda do Império, uma grande onda dos imigrantes da europa, principalmente os alemães, foi nomeada para elevar essa cidade, construir palácios e Colonizar a área.

Construção do edifício

O edifício foi construído com os recursos do talento pessoal daquele imperador. O projeto original desenvolvido pelo Koeler e modificado após a sua morte por Cristóforo Bonini, responsável por acrescentar um pórtico feito em granito no corpo principal. Para a concretização da obra foram chamados arquitetos importantes relacionados à Academia Imperial das Belas Artes: Joaquim Cândido Guillobel e o José Maria Jacinto Rebelo. Foram eles que cuidaram da decoração em colaboração com Manuel de Araújo e Porto Alegre.

Na fábrica de Petrópolis da Koeler, a localização do palácio é representada por um quadrilátero entre a Rua do Imperador e a Rua da Imperatriz. Existem outros edifícios naquele mesmo local que não podem ser identificados.

O trabalho começou na ala direita desse palácio, e a fundação veio de uma pedreira próxima. As vacas são usadas para puxar a terra, pedras e madeira. Após a construção, seguiram os trabalhos da ala esquerda (a princípio pensava-se que fosse mais espaçosa que a ala direita, mas depois foi reorganizada). 

 

Biblioteca

A valiosa biblioteca desse Museu Imperial guarda um grande acervo bibliográfico de aproximadamente 50.000 volumes, especializado em história (essencialmente do Brasil na era imperial), Petrópolis e toda a história da arte.

A seção das obras raras tem alguns itens incríveis, como as edições do século 16 ao 19, periódicos, partituras, ilustrações, manuscritos, relatórios de pré-liberais, várias províncias e departamentos governamentais e compilações da lei imperial, totalizando cerca de 8.000 volumes. Várias dessas obras pertencem à família real, com notas manuscritas, encadernação luxuosa e ilustrações.

Porém, nos séculos 18 e 19, a seção dos livros dos viajantes gringos que cruzaram o Brasil também é muito importante, pois registra vários aspectos de vida social e de paisagem natural do Brasil naquela época. As obras do Debret, Rugendas, de Saint-Hilaire, da Maria Graham, Henry Koster e de Louis Agassiz, Charles Darwin, Spikes e Matius.

 

Arquivo Histórico

O museu tem mais de 250.000 documentos oficiais que registram no século 13. Eles são rastreados até o século 20. O interessante é que essas coleções de fotos documentam as histórias e as evoluções de aspectos urbanos e das mudanças paisagísticas do Estado do Rio de Janeiro e de Petrópolis.

Algumas coleções particulares enriquecem esse trecho, como João Lustosa da Cunha Paranaguá, o segundo Marquês de Paranaguá. Os edifícios de Ambrósio Leitão da Cunha em Barão de Mamoré; a série Barral-Monteferrat e a correspondência entre D. Pedro II e a condessa de Barral; os importantes arquivos da Casa Imperial Brasileira, etc.

No momento, o museu encontra-se fechado temporariamente.

 

Luciana
Jornalista e editora, mestre em rádio e televisão.

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