Realidade, amor, conflitos, dor, desespero. No livro “Diga que você é um deles”, O padre Uwem Akpan retrata toda dor e sofrimento que as crianças africanas passam.
Em cinco contos, Cada um em países diferentes, a narrativa nos leva a personagens fictícios, mas com um pano de fundo bem real, como tráfico de crianças e revoltadas político-religiosas que devastaram países, destruindo diversas famílias e pessoas. O titulo é retirado do conto “o quarto de meus pais”, que relata o inicio da revolta entre duas tribos da Nigéria. Há alguns anos os hutus se revoltaram contra o Governo (comandado pelos Tutsis) onde utilizando facões, saíram as ruas matando todos os tutsis que encontravam, sem discrição de serem homens, mulheres ou crianças.
O quarto de meus pais conta a trajetória de uma família nigeriana composta por estas duas tribos. Relatada pela filha mais velha da família que, não compreende o que está acontecendo e porque que os adultos da família agem de forma estranha.
Já em carros fúnebres de luxo, fala da sofrida fuga de um adolescente mulçumano nos deparamos com a sofrida fuga de um adolescente mulçumano durante um levante religioso em sua região. Rejeitado pelos amigos que não o aceitam por ter nascido cristão e sem poder dizer a ninguém ao seu redor sua religião com risco de ser morto por eles também.
Enquanto os mulçumanos tentam instituir a sharia – júri islâmico que é regido pelas leis do corão, conhecida também por ser extrema ao utilizar como correção pedras, chicotes e e até mesmo decepar membros do condenado – os cristão passam a ser perseguidos pela sua fé, tendo suas casas e igrejas queimadas.
Com a turbulência em toda a região, os cristãos decidem rumar ao sul do país, onde há minoria islâmica. Com preocupação e cuidado, o jovem Gabriel tenta chegar a casa de seu pai no sul sem que descubram que ele é mulçumano. Para dificultar ainda mais, o garoto não tem uma das mãos, que foi cortada pela sharia. Fato que pode denunciá-lo a qualquer momento.
Diga que você é um deles, vai além da guerra e do horror que se passa em algumas regiões da África, pois nos mostra (e com detalhes), a fé, o amor e os sonhos que as crianças africanas possuem. Através da realidade que lemos nas páginas do livro, percebemos que o ódio, falta de compreensão que existe ali ocorre nas diferenças de cada tribo que se vêm às vezes, obrigadas a dividir o mesmo espaço, mas com culturas conflitantes. Se torna difícil chegar a um entendimento quando os dois lados não buscam chegar a um acordo.
Mas vemos que ali também existem pessoas que conseguem viver em harmonia e respeito mutuo. Tudo que precisamos é que a maioria chegue ao mesmo entendimento e respeito. Me faz lembrar do livro Meninos sem pátria, do brasileiro Luiz Puntel, que também usou a ótica das crianças para mostrar como a ditadura militar no Brasil separou famílias e fez centenas de crianças terem que fugir de seu país sem entenderem direito o motivo.
Ao utilizar a visão infantil nos relatos de grande acontecimentos e tragédias, o autor procura mostrar que, apesar de não ser responsável pelo que acontece, os conflitos feitos por adultos refletem duramente na vida de milhares de crianças. Crianças que não entendem o que está acontecendo, mas que sofrem tanto dor quanto privações diversas por atos de terceiros. É um modo de fazer-nos refletir sobre nossas ações e, até mesmo, sobre aquilo que não fazemos. Afinal, as vezes podemos tomar partido e tentar mudar algo, mas simplesmente optamos por cruzar os braços.
Diga que você é um deles é uma ótima leitura para o final de ano. Presente perfeito para aqueles que gostam de história geral ou buscam ter mais informações sobre conhecimentos gerais. Afinal, os conflitos ali existem e devem ser questionados. E para quem gostam de literatura, não deixa também de ser um excelente presente, muito bem escrito e que não nos deixa largar as páginas enquanto não chegamos ao final.
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Infelizmente não tive oportunidade de ler esta obra. Mas pela forma que você descreve a curiosidade é grande. Costumo sempre todos os finais dos anos comprar alguns livros por inicio do próximo ano… Farei o possível pra comprar “Diga que você é um deles”, me parece muito com o “O caçador de pipas”.
Wellington Holanda
doidera seu blog e muito doido!
parabens muleke pow
Muito bom o seu blog!!!!!!!!!
Tava falando sobre hutus e tútsis hj msm… Q coincidência…
Curto mto esse tipo d filme!;)
Achei seu blog mto bacana (nossa, q gíria mais idosa…rs)
Passa lá no meu tb:
http://blogdapattyandrea.blogspot.com
Tava falando sobre hutus e tútsis agorinha msm… Q coincidência… Curto mto filmes nesse estilo…
Seu blog é mto bacana (nossa, q gíria mais idosa… rs)
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poxa..
fiqueii super afim de ler esse livrooo
ô/
Muito bom seu blog, adorei de verdade.
Sempre que poder darei um pulinho aqui ^^
bjuus ;*
Ainda não tive oportunidade de ler este livro, mas conheço um padre que foi para a Angola e que tem dividido suas experiências conosco através de e-mail. Com certeza irei procurar ler esta obra no ano que vem. Muito bom seu blog, e dicas de livros são sempre bem vindas!! Abraços!!
Poxa! Vlw pela dica…fiquei até com vontade de ler…
Passa lá e comenta tb:
http://caopelado.blogspot.com/
Não sou chegado a livros neste estilo, mais… toda via porem. Despertou curiosidade, so ñ sei se sera boa a leitura rs’ vlw pela dica.
Pela descrição parece um livro bem intrigante mesmo, mais intrigante ainda é o fato de o autor ser um padre.
Boa pedida!
a parte do autor ser padre gaia me surpreendeu pq ele nao puxa sardinha pra religiao dele, pelo contrario, mostra desenvoltura ao falar de outras religioes
apesar de ter este livro nunca li
mais agora me deu curiosidade apartir do momento que li o post
vc tem e nao leu felipe? nao creio.
leia que vc gostara muito
Mas eu não sou. E mentir é pecado.
I think there’s something wrong with the RSS feed here. Seems like a missing link to me?
Thank you for your article! Actually I have never read anything that cool.