Ao pensarmos em mestres do terror, atualmente, um dos nomes que vem em primeiro momento na mente da maioria das pessoas é: Stephen King. Este autor, trouxe ao mundo obras que são verdadeiras obras-primas. Neste artigo falaremos a respeito sobre uma delas: It: uma obra prima do medo.
Entretanto, não falarei apenas do remake, mas também, do filme original lançado em 1990. Ultimamente, o mundo da sétima arte tem buscado em sua memória, alguns títulos para recriarem
Sempre foram conhecidos como remake, porém, nos dias de hoje, podem ser conhecidos como reboot, ou seja, um novo reinício. E por essa razão, falarei a respeito da principal diferença da estória que assistimos no vídeo de 1990 para os novos capítulos desta produção bem sucedida.
It – Uma obra prima do medo – 1990
Foram necessários apenas quatro anos do lançamento de It para se transformar em filme. Lançado nos Estados Unidos em 1990, já se tornou um clássico logo de início. Sucesso de bilheteria e mais um sucesso para o curriculum desse autor.
O filme de 1990, não seguiu à risca a trama do livro, afinal de contas, sempre existem adaptações para um roteiro. A contagem de tempo é bem diferente da de uma narrativa e por isso, nada mais comum que aconteça algumas adaptações.
Mesmo sendo um livro extenso, o filme seguiu suas características, ou seja, o filme trafega entre memórias de seus protagonistas, um grupo de crianças que acaba tendo um encontro com um palhaço assustador: Pennywise.
Stephen King gosta de grupos de crianças, muitas de suas obras contam com esse tipo de personagens, só para citar alguns: Conta Comigo, DreamCatcher, entre outros que não vem à memória neste momento.
Tanto o filme quanto o livro, chegaram ao país como “A Coisa” tradução literal para It, mas, com o tempo, acabou ficando como It e adicionaram a expressão: uma obra prima do medo. Algo para dar mais destaque para um trabalho que já era destacado pelo simples fato de ser cria de uma das mentes mais brilhantes.
It – Uma obra prima em duas partes
No ano de 2017, decidiram não apenas revisitar a obra de King, como também, apresentar um novo trabalho cinematográfico, provavelmente, mais próximo do que o autor escreveu e também, de uma forma mais organizada.
O filme foi dividido em duas partes: I e II. Na parte um, somos apresentados a Derry, a seus personagens e ao grande problema que essa turminha terá que enfrentar. Já na segunda parte, lançado em 2019, acompanhamos o retorno desses amigos já adultos para acabarem com algo que começaram anos atrás.
Esse tipo de separação ajudou e muito o telespectador a manter sua atenção em apenas um ponto da estória, não precisando se concentrar mais devido as lembranças que iam e vinham no de 1990.
Outro detalhe a respeito da decisão de realizar em duas partes, talvez seja por causa da bilheteria. Como disse, os filmes de Stephen King são sucessos certos e muitos deles já foram até nomeados ao Oscar: Um sonho de liberdade, À Espera de Um Milagre.
Isso indica que seu trabalho é apreciado e que levam as pessoas aos cinemas na busca por diversão. Por essa razão, os produtores com certeza preferiram entregar um remake mais estruturado e em duas partes para contar com ganhos de bilheteria maiores.
Isso é algo que aconteceu com Cemitério Maldito, filme lançado em 1989 e que ganhou um remake em 2019. Alguns detalhes da estória foram alterados, mas, grandes atuações, estória envolvente e também, aquele gancho para uma segunda parte na busca pela repetição de seu sucesso.
Qual versão vale a pena assistir?
Particularmente, fiz questão de assistir todas as versões. Gosto de contar com uma perspectiva diferente, ainda mais no quesito remake. A versão de 1990 está inserida em um contexto de tempo, de qualidade de produção, como o novo que conta com mais possibilidades de efeitos.
Não poderei escolher qual é o melhor justamente por achar que um filme bem feito não pode ser avaliado ou comparado com seu predecessor. Então, deixo a dica, assista ao de 1990, você terá um contato mais real com a característica da estória escrita.
Terá acesso ao trabalho do autor, perceberá a organização das ideias e o domínio da estória, já que o autor, como no filme, ficou indo e voltando para dar mais sentido ao que estava sendo contado.
Já na nova produção, foi escolhido uma linha linear de fatos, ou seja, seguindo um andamento mais natural e comum. Afinal de contas, essa é a função do remake ou do reboot, é recontar uma estória mas vestindo-a com uma roupagem mais, tecnológica, digamos assim.