O Jars of Clay lançou seu último CD de estúdio em Setembro de 2006 (Good Monsters), o qual dividiu ainda mais opiniões de fãs e críticos, mas antes de seu próximo lançamento, a banda não se envolveu apenas com turnês insanas, projetos pessoais em áreas necessitadas da África (“1000 Wells Project” da Blood:Water Mission), lançamento de livros e família.
A curiosidade dos fãs já aumentava desde o lançamento do estiloso cover de “Drive”, original da banda The Cars. Ainda sem tomar fôlego, junto com a turnê Good Monsters, duas versões do EP Live Monsters foram lançadas, a primeira extinta (trazia Love me ao vivo, antes apenas disponível no iTunes e sua versão de estúdio) e outra ainda disponível em seu site, com a diferença de 2 faixas substitutivas. Por detrás das cortinas, a banda trabalhava em um projeto do programa de TV infantil “Come on Over“, com duas faixas em seu segundo CD: “I Love My Triangle” e “When you’re with your band”, cujos clips estão disponíveis no Youtube, que não poderiam ser usados para parametrizar um possível estilo de som, para dar seqüência a Good Monsters. Neste meio tempo, já se ouviam rumores do encerramento do contrato da banda com sua primeira e até então única gravadora, Essential, o que era certo que seria como sal na boca dos fãs, com sede por criatividade puramente jarsofclayana, sem os limites impostos pela gravadora durante os longos anos de contrato. Finalmente, a banda começou a atuar com seu próprio selo: “Gray Matters”, com apoio da Nettwerk Music Group e distribuição pelo sistema Provident/Integrity, tanto para revendedores cristãos como para o mercado geral. O primeiro trabalho desta nova junção chegou às lojas em Outubro 2007, seu amplamente aguardado álbum de Natal, Christmas Songs. “Enquanto seguimos com o objetivo de fazer mais música, sendo criativos de várias maneiras, Gray Matters poderá facilitar quaisquer idéias a que desejemos dar vida,” observa Dan Haseltine.
“Esta será uma ótima maneira de trazermos mais arte e música à existência. Podemos colaborar com novos artistas e executar idéias que antes pareciam ficar ‘presas’ no atoleiro da tradicional gravadora, assim poderemos nos certificar de que estes projetos terão uma chance de serem ouvidos. Este é o começo de uma estação bastante criativa. Gray Matters será uma maneira fantástica de compartilharmos nossa filosofia artística, podendo dar a outros artistas e pensadores criativos, uma porta para suas idéias.”
“Christmas Songs é o primeiro passo em seu desabrochar e os caras se sentiram bastante livres, dando aos fãs o cd de Natal que eles esperaram por anos”, comentou o gerente da Nettwerk, Michael Corcoran.
Causando uma ‘organizada confusão’ de nomes na cabeça do público, duas coletâneas também estavam por chegar às lojas. A primeira coletânea “The Essential Jars of Clay”, 2 discos com lista abrangente de faixas comuns e raridades, lançada em Setembro de 2007, muito merecida e honrosamente dedicada à banda, colocou o JoC como a primeira banda cristã a receber um álbum da série “Essential Music” da Sony BMG’s, pela Legacy Recordings (aqueles de capa preta e branca igual para todos os cds da série). Em Abril de 2008, a segunda coletânea “The Jars of Clay Greatest Hits” (um disco) foi lançada pela ex-gravadora, com uma lista seleta (porém não-satisfatória) de jóias da banda, que demonstrou ser apenas um cumprimento de contrato da gravadora, sem compromisso com a banda, sem dar a ela e aos fãs o merecido cd de melhores hits de sua carreira. O cd deixou de lado vários dos grandes hits, mas trouxe faixas re-masterizadas e uma canção nova, “Love is the Protest” (disponível no Youtube), que já podia ser conferida nos shows da turnê desde o início deste ano. Segundo Dan Haseltine, o conceito original do cd havia mudado e nenhuma das faixas extra, raridades, remixes etc faria parte do cd, “portanto, o cd é simplesmente o que ele implica ser e nada mais que isso“. A banda, que teve influência em sua elaboração, declara que ficou satisfeita com o cd e que sua expectativa estava bem alta, pois o cd soa bem aos ouvidos, da maneira como as faixas foram dispostas. Em resumo, o cd duplo da Sony faz mais jus à carreira da banda, que o cd da ex-gravadora e serve melhor como forma de introduzir a banda a novos ouvintes, porém “The JoC Greatest Hits” não deixa de ser um item importante no catálogo.
Não bastavam todos os projetos da banda, casados com seus esforços na África, a banda criava neste período a trilha sonora do documentário “Sons of Lwala“, com uma faixa original para o documentário, chamada “Prisoner of Hope”, que seria futuramente lançada no iTunes, com toda renda revertida para ajudar a clínica em Lwala, de que fala o documentário. “Queríamos muito trabalhar neste projeto e isto significou que muita coisa tinha que estar envolvida. Literalmente, separamos 5 ou 6 dias de nosso verão, quando poderíamos entrar de cara nisto e trabalhar no projeto. Como eu disse, isto ocupou bastante nosso verão, mas valeu a pena. Adoramos a história e foi muito divertido fazer algo diferente. Fazer a trilha de um filme é uma experiência musical diferente, é uma área legal e criativa e acho que foi um trabalho gratificante para nós.” diz Charlie. O documentário já foi lançado e “Prisoner of Hope” está no próximo EP da banda, Closer, que foi lançado digitalmente no iTunes no dia 5 de Agosto e nas lojas, no dia 19 de Agosto.
Para nós brasileiro, um fato marcante sobre a banda em 2008, foi o cancelamento dos shows com datas previstas, porém sem locais confirmados, devido a complicações que surgiram no agenciamento de viagem e produção, por parte do Brasil. A concretização dos shows de fato nunca ficou clara com a banda, nem em suas tentativas anteriores, apesar do desejo e esforços da banda para tocarem no Brasil. Os demais países propostos para a turnê internacional foram atendidos com sucesso. Segundo Dan, mesmo sabendo que esta situação prejudica muito a banda, o que lamentam muito, eles continuarão se empenhando em busca de oportunidades para tocarem aqui, cabe a nós sermos compreensivos e fazermos melhor a nossa parte.
Quando interrogado sobre a perceptível metamorfose da banda de cd para cd, porém mais presente em Good Monsters e sobre os planos para o futuro, Charlie responde, “Acredito que é aí que Good Monsters representa um álbum pivot em termos de letra, provavelmente mais em termos de letra do que quanto à música em si. Isto é interessante para que sejamos capazes de explorar diferentes texturas e nos conectar com diferentes tipos de arranjos musicais. Porém, quanto à letra, isto constitui uma nova forma de se conectar e se identificar com as pessoas. Eu posso afirmar que isto não é apenas algo temporário. Mas é uma forma de seguir adiante, se é que isto faz sentido.”
Depois deste flash-back, meu foco será portanto o “seguir adiante”, ou melhor “seguindo adiante”, pois a banda tem planos de lançar o próximo cd de estúdio e segundo pela Gray Matters, apenas em Março de 2009, mas não vai deixar os fãs aguardando algo novo por tanto tempo assim. Podemos dizer que no mês que vem teremos um “senhor-tapa-buraco”, pois o mini-cd “Closer” terá muito a dizer sobre como o Jars of Clay vem se esticando musicalmente, e continuará neste laboratório criativo até o lançamento do cd em si, em 2009. A banda está trabalhando com o reputado Ron Aniello (Lifehouse, Guster, Barenaked Ladies, Madonna etc), que está dando acabamento no novo cd.
O JoC não deu folga, desde o início deste mês eles vêm dando pitadas de boas notícias, com fotos no blog, lançamento da faixa “Closer” no iTunes no dia 8 de Julho, anúncios do lançamento do EP Closer, cuja faixa título também já pode ser ouvida inteira no Myspace da banda. Mas o Steve sabia bem o que dizia quando disse “o melhor ainda está por vir.”
Closer vai trazer duas canções novinhas em folha (“Closer” e “Safe To Land”) que eventualmente serão incluídas no novo cd, além de novas versões de duas das faixas prediletas dos fãs “Flood” e “Love Song For A Savior.” “Prisoner of Hope”, conforme dito acima, também estará no EP. Logo o track-list:
1) Closer
2) Safe To Land
3) Love Song For A Savior 08
4) Flood (New Rain)
5) Prisoner of Hope (gravada para o documentário “Sons of Lwala”).
Juntamente com o lançamento de Closer, está nos planos da banda a turnê “Music Builds Tour“, iniciando em Agosto, indo até Outubro.
Closer
Closer é uma música que mexe no fundo, pois a letra dá uma impressão inicial de ser ilusória demais, em sua simplicidade. Porém sabemos que o Dan escreve letras criteriosas e poéticas, logo dizer que ele escreveu algo simplista ou inferior é uma conclusão incorreta. A letra discorre sobre a tentativa desesperada de alguém de comunicar um sentimento esmagador, porém ele luta para encontrar as palavras certas condutoras deste sentimento, portanto acabam sendo palavras de um homem comum – o tipo de pessoa que não consegue articular poeticamente seus sentimentos e, em vez disso, solta uma cadeia de palavras, metáforas e fantasias mal elaboradas:
“Você é as lágrimas, eu sou a maça do rosto
Sou um balde em seu barco com vazamentos
em alto mar por semanas”
Se pensarmos que a definição de fantasia é uma combinação de imagens soltas, das quais temos que dar uma similitude quando estamos em estado consciente, logo as figuras de linguagem começam a fazer um pouco mais de sentido – a letra pode ser entendida como algo que se aproxima de caminhos confusos indiretos, para completar a criatividade do autor, tentando se aproximar do tema de isolação que a música parece lidar: “quero as linhas de sua pipa entrelaçadas em minhas árvores, totalmente enroladas” (o que explicaria o desenho da capa).
Ainda sobre a letra, Closer fala sobre a luta ineficaz para articular a idéia de ter sido feito para outra pessoa, porém o resultado acaba sendo algo peculiar e estranho, tentando encontrar as metáforas poéticas corretas:
“Você é o tic-tac, eu sou a bomba
Você é o “L” e o “V”
(L-O-V-E)
Eu sou o “O” e o “E”
Estou sendo claro?”
Os elementos dos anos 80 contidos em Closer emprestam à canção uma qualidade do romantismo, apesar de que isto não constitui uma experimentação por parte da banda, mais do que a incorporação de elementos musicais já existentes, que a banda ainda não tenha utilizado de modo oficial. (vale lembrar que ‘Drive’ representou muito mais esta experimentação no sentido que ela carregou o som de volta aos elementos dos anos 80 e o aproximou de uma programação rítmica minimal, porém ‘Drive’ claramente nunca foi proposta para tocar nas rádios, enquanto Closer poderia facilmente se emplacar com seu estilo híbrido 80’s/rock/eletrônico, atualmente popular). Não culpo a banda por experimentar este som para crescimento – é preciso antes de tudo estender-se sobre a linha entre o que é cultura popular e permanecer fiel aos seus próprios valores e ideais, para se criar arte do ponto de vista significativo – foi por isso que ‘Flood’ foi e ainda é um sucesso. Além desta resposta mais crítica à música, Closer é bastante diferente, tanto na letra como no som, mas não se trata do tipo de rock em que a banda apenas aumenta as guitarras no máximo e tenta se divertir, este tipo de música perde em sofisticação, falta uma certa dimensão emocional, de certa forma necessária na música. ‘Closer’ tem este contexto emocional que canções como ‘Revolution’ não têm. Closer consegue ser descentralizada o bastante para fazer com que ela se destaque, mesmo assim é familiar o bastante para não se tornar alienada demais. A progressão do coro é bem carregada, garantindo este vigor emocional, com introdução das guitarras ao fundo, em vez de ter uma energia simplesmente musical, à qual a letra tem que ser aplicada por necessidade.
“Safe to Land” descreve alguém voando solitário em céus escuros de um relacionamento conturbado, empenhando-se para encontrar um lugar de reconciliação para pousar. Os elementos de dúvida, dor e confusão são ventos que a pequena aeronave tem que enfrentar para não colidir. Esta música parece com um sonho: atmosférico, etéreo, quase surrealista.
A estrutura não segue a forma estrofe+ponte+coro e se parece mais com uma efusão de corrente de melodias e pensamentos num “diálogo interior”. O final é uma determinação de permanecer lutando para continuarem juntos até um final doloroso. “Não desceremos, mesmo se as coisas piorarem.” Este verso não é algo que se possa chamar de cativante, mas possui um senso de gravidade emotiva que te envolve. Pianos e sons elaborados com sintetizador se desenvolvem em violões e guitarras, preenchidos como baterias e baixos.
Não há muito o que comentar sobre “Love song for a Savior”. Esta versão na verdade não é tão diferente da versão de Furthermore, apenas os backs variam bastante, mais preenchidos, mais bem definidos e há uma nova tecnologia presente, claro. Começam com um coro accapella, então entram violões mais nítidos, mágicos, palmas como percussão. A qualidade de produção geral e de som é notável. Usam também o sintetizador de fundo e no final retomam o acústico, antes de uma sucessão de “I want to fall” como back, costurada com melodias variadas do Dan.
“Flood (New Rain)” também não teve nada incrivelmente diferente, porém é uma versão bastante original, mesmo não sendo fácil fazer várias versões de uma mesma música e assim mesmo ter algo novo ou muito especial. Esta começa com uma introdução breve usando sons mais misteriosos de sintetizador e já cantam o primeiro verso. Os violões são menos encorpados durante as estrofes. O coro é que ficou mais diferente, principalmente a progressão nos acordes. Usam muito o baixo e guitarras que soam distorcidas (me faz lembrar algumas trilhas de jogos). A melodia é a mesma em partes, mas a produção no todo está muito melhor. Vocais mais nítidos, menos “alternativo anos 90” no tom e o Dan prolonga e projeta muito mais sua voz, não intercepta imediatamente a cada verso, incrementando mais este estado de atualidade da música, o que a deixa bem mais contemporânea. Entre estrofes e coro, solos instrumentais com sintetizador enfeitam o conjunto.
“Prisoner of Hope“, do documentário Sons of Lwala lembra algo como uma mensagem de Deus ao oprimido, para não desistir do amor e perseverança no meio do sofrimento.
“Fique perto de mim
À sombra de minhas asas, à sombra de minhas asas,
Ainda que as águas estejam envenenadas e suas feridas sejam tudo que consegue sentir
há música em seu redor e as promessas são reais”
Não há tanta variação e o coro, cantado repetidas vezes, toma quase metade da música. Os back-vocais são profundos e soam como almas cantando, fantasmas que estão bem próximos e presentes e não intangíveis, em algum lugar nas nuvens ou debaixo d’água. É uma faixa abismal, como correr numa grande e densa floresta com a luz da lua dançando no chão, ou como estar à beira da morte, poucos minutos antes de seguir adiante. A letra é sobre esperança, mas a melodia e a música capturam um senso de melancolia.
Claro, tem muito mais a observar no CD novo (2009), este é só um esboço do que está por vir. Talvez haverá músicas que trarão um pouco do antigo molde dos Vasos de Barro, mas estas novas músicas podem ser uma indicação do que o cd completo será. Em geral, o som é mais sombrio, eletrônico e quase alucinógeno. É uma mudança monumental desde Work, Good Monsters, Dead Man? Oh My God, Surprise, There is a river? Ainda ouvimos os violões, porém mesmo os violões que soam familiar, têm um som estrangeiro, dando um acabamento em cada faixa e os pianos acrescentaram uma atmosfera interessante.
Esta não pode ser vista como evolução da banda, talvez uma re-criação. Categorizar apenas como um afastamento do que fizeram no passado seria uma declaração banalizadora, pouco elaborada. Como é de esperar, a banda está oferecendo algo novo de si, a se analisar cuidadosamente em seu próprio estado isolado, sem comparações. O JoC tem feito sucesso até hoje, por serem tão bons no que fazem, não importando se o estilo musical já existia até certo ponto. Eles conseguem re-interpretar estilos de forma tão confidente e competente que chega a soar pioneiro. Eles nunca trabalharam algo que já não fosse popular para época em que o cd associado foi lançado, logo não estão se esforçando para reavivar estilos, ou propor algo nunca inventado, mas é a maneira como eles recriam estilos que os confere esta marca particular, que é algo divisório, como sempre pareceu ser desde, digamos, Much Afraid.
Parabéns sempre para JoC por ampliar cada vez mais sua experiência, sempre únicos, inesperados e estimuladores do pensamento.
Espere por boa música, nova e interessante.
Ouça agora Safe To Land, uma das canções desse cd.
Juca-de-barro
Earthen Vessels
Gosto das coisas que vejo por aqui…
O.O Não conheço, mais gostei do sei blog, e do post do livro \o/
ñ conheço a banda, to bem por fora de música,…
olha ta um pouco grande…
to deixando este comentário, só pra dizer que ñ dei calote..
vou ler, …. depois eu deixo outro coments …
Não conheço a banda… Nem as músicas…
Mas achei o máximo seu blog. O estilo dele. A forma como é escrita.
Adorei.
Parabéns.
amei!
amei!
adorei a resenha, ais detalhada impossivel.
e tenho o EP \o/ lindo demais
Mto boa a resenha do CD, realmente consegue quase que descrever com palavras toda melodia e qualidade musical que provem dele. Mas a extensao do post ainda nao dá conta da dimensão da perfeição desse novo trabalho do Jars. Muito bom também o blog, adorei o layout, as cores, a leveza…Galera que nao conhece o Jars, fikadika!
bjo e juizoo
errata: nao é CD´, é EP…ta, mas deu pra entender neah? aokaokaokaokaokaoa!
Resenha maravilhosa, parabéns!
Dica aos que ainda não conhecem a banda: o youtube tem uma grande quantidade de vídeos, tanto atuais quanto antigos, vale muito a pena conferir e conhecer, porque os JoC são realmente MARAVILHOSOS!
xoxo
a gente te entendeu jenny rs.
e vale msm a pena ver os videos, as musicas sao lindas =)
Muito bom cara! Um cd tão bom como closer, com as versões novas de dois grandes sucessos e ‘closer’, que mostra mais uma vez o dom que o Jars tem de em cima de poesia construir músicas, sem perder nada nesse processo.
Muito Bom! Deus te abençõe!
Ótima banda, blog melhor ainda!
Em alguns pontos, está certo o que foi escrito… em outros não. 🙂
Jars é uma das melhores, de longe. 🙂
Já conhecia o Jars of Clay há algum tempo e sempre gostei muito de suas músicas,lembro que a primeira música que ouvi deles foi Fly e logo de cara passei a manter -me informada sobre eles e suas músicas.
Mas confesso que desse EP, as únicas músicas que me cativaram foi Love Song for a Saviour(em especial) e Safe to Land, o que de forma alguma, reduz o talento e capacidade dos caras! São muito bons!